Pesquisadores descobrem 33 novos vírus de 15 mil anos congelado no Tibete
Pesquisadores descobriram 33 novos vírus congelados na geleira Guliya, que fica localizada no Planalto do Tibete, sudoeste da China.
Os resultados foram publicados na Microbiome, onde anunciaram que os novos vírus encontrados foram formados há mais de 15 mil anos.
Dos 33 vírus encontrados, 28 vírus eram desconhecidos pela ciência até então, e deviam viver no solo ou nas plantas anteriormente.
33 novos vírus teriam prosperado em ambientes extremos
De acordo com a equipe, cerca de metade dos vírus foram capazes de sobreviver no momento em que foram congelados.
“Estas geleiras foram formadas gradualmente, e junto com a poeira e os gases, muitos vírus também foram depositados neste gelo”
Zhi-Ping Zhong, líder do estudo que foi conduzido no Centro de Pesquisa Polar e Climática Byrd, da Universidade de Ohio.
Tudo iniciou com a perfuração da geleira em 2015, onde duas amostras de gelo foram extraídas para conseguir mais informações.
As amostras são capazes de arquivar informações sobre gases, bactérias, vírus, mudanças climáticas e diversas outras informações.
Com base nessas amostras, os pesquisadores conseguiram entender não só mais sobre o processo de evolução dos vírus ao decorrer do tempo, como também sobre o clima.
De acordo com Matthew Sullivan, microbiologista que participou do estudo, os vírus encontrados teriam prosperado em ambientes extremos.
Para o microbiologista, cada vírus possui assinatura de genes, que é a parte responsável por infectar as células em ambientes frios.
Além disso, as assinaturas de genes também mostram como um vírus, como os encontrados, são capazes de sobreviver em situações e condições extremas.
Novo método de análise de micróbios e vírus
A equipe, em sua descoberta, também desenvolveu um novo método de análise, em que é possível evitar a contaminação da amostra de gelo obtida.
De acordo com Sullivan, o método que Zhi-Ping desenvolveu deverá ajudar a pesquisar mais sobre sequências genéticas em outros ambientes gelados extremos.
Os vírus não compartilham um “gene universal”, sendo que as assinaturas de genes também não são fáceis de extrair e por isso o método de análise criado foi tão importante.
Esse método de micróbios e vírus da equipe deverá ajudar em diversas situações, até mesmo em pesquisas em Marte ou na Lua, por exemplo.
Fonte: Isto é Dinheiro e Tecmundo
Imagem em destaque: Foto/Reprodução Phys.org