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Engenheiros sabem administrar empresas?

Engenheiros sabem administrar empresas?

Por formação, engenheiros são especialistas em lógica, otimização e resolução de problemas. Mas, será que engenheiros também sabem administrar empresas?

Acostumados a lidar com sistemas complexos e variáveis técnicas, geralmente desenvolvem uma maneira estruturada de pensar — o que, à primeira vista, parece um diferencial para quem deseja liderar ou fundar uma empresa. Mas será que isso é suficiente?

A administração de uma empresa envolve muito mais do que projeções, controle e eficiência. É preciso tomar decisões estratégicas com base em dados incompletos, lidar com incertezas, gerenciar pessoas, entender o mercado, comunicar valor e, muitas vezes, improvisar. Ou seja: navegar por um território onde as variáveis não são sempre controláveis.

Um engenheiro que ouve alguém citar “Recursos Humanos” costuma até ter gastura. Mesmo que domine a parte financeira, com sólida formação em projetos, métricas e processos, ao assumir a liderança de uma empresa ele se vê diante de um desafio diferente: atuar como generalista. Isso significa sair do conforto das ciências exatas e lidar com aspectos que não obedecem fórmulas — como gestão de pessoas, clima organizacional, posicionamento de marca e tomada de decisão sob incerteza. Insistir em aplicar apenas raciocínio técnico nesse contexto é como tentar medir empatia com régua — e o resultado costuma ser desastroso.

Ainda assim, muitos engenheiros não apenas aprenderam a gerir empresas — como transformaram setores inteiros. Exemplos não faltam: Elon Musk, Jeff Bezos, Satya Nadella, Carlos Ghosn, Virginia Rometty, Sundar Pichai, Henrique Dubugras, Mike Bloomberg, Marillyn Hewson, Tony Fadell.

Então, não há dúvidas de que o engenheiro pode ter sua empresa — e que tem, sim, grande potencial para fazer isso com competência. A questão não é se ele pode, mas se está disposto a sair do conforto da engenharia pura e enfrentar os desafios complexos, humanos e imprevisíveis que fazem parte da vida de qualquer empreendedor. Para quem está começando, isso significa mais do que saber planilhas ou projetar processos: significa ouvir, adaptar-se, tomar decisões com base em contexto, comunicar-se com clareza e assumir riscos conscientes. Com método, disciplina e curiosidade, engenheiros podem — e devem — ocupar espaços de liderança e inovação no mundo dos negócios.

Uma ferramenta nova que alia tecnologia e aprendizagem num ambiente de jogo é o CNPJ 3D — uma cidade virtual interativa desenvolvida em Unity WebGL, acessada direto do navegador, onde é possível simular a gestão de uma empresa em grupo, tomar decisões estratégicas e ver os efeitos em tempo real.

O foco da experiência é colocar os participantes em situações próximas da realidade empresarial: contratação de equipe, negociação com bancos, planejamento de produto, análise financeira, marketing e gestão de crises. Tudo isso em um ambiente com avatares, áudio integrado e cenários interativos — sem a necessidade de instalação ou conhecimento prévio em negócios.

Para engenheiros que desejam expandir sua visão e testar sua capacidade de gestão de forma prática, o CNPJ 3D oferece exatamente isso: um espaço de experimentação, onde é possível errar sem prejuízo, aprender por tentativa e desenvolver habilidades que o currículo técnico sozinho não cobre.

Saiba mais em: www.cnpj3d.com.br

Vinicius Carvalho – Engenharia mecânica