A Cova da Menga, conhecida como Dólmen da Menga, representa uma tumba em forma de galeria situada em Antequera, no sul da Espanha. Recentemente descoberta em 2020, os estudiosos estimam sua construção há cerca de 5.800 anos, e agora, um estudo destaca que é um dos maiores feitos de engenharia da Idade da Pedra.
Este monumento, construído entre 3600 a.C e 3800 a.C, compreende 25 metros de profundidade e 4 metros de altura, consistindo em 32 megálitos. Sua orientação em direção a La Peña de los Enamorados, a aproximadamente 6,5 quilômetros de distância, sugere a importância dessa montanha para as comunidades locais.
A disposição da sepultura é inclinada para o nascer do Sol no solstício de verão, direcionando a luz solar para o interior da câmara, indicando a relação simbólica desses povos pré-históricos com o astro. Sua arquitetura e alinhamento das enormes pedras se assemelham a construções pré-históricas em outras regiões como Irlanda, Suécia e Marrocos, indicando crenças e práticas semelhantes.
Maior feito de engenharia
Pesando cerca de 150 toneladas, a pedra de Menga é a segunda maior usada em um dólmen neolítico. Os pesquisadores revelaram que as pedras principais são principalmente calcarenitas, uma rocha sedimentar menos consolidada, semelhante às chamadas ‘pedras moles’ na engenharia civil contemporânea.
O transporte dessas pedras frágeis foi um grande desafio, sugerindo um planejamento meticuloso na construção deste monumento. O trabalho envolveu não apenas a manipulação das pedras, mas também a fabricação de cordas e a criação de andaimes feitos de grandes quantidades de madeira.
A seleção do local abaixo da pedreira fornecedora de materiais revela uma decisão logística, permitindo um transporte mais fácil em terreno descendente e oferecendo uma base mais estável para a construção. Para proteger as pedras da água, os construtores usaram montes alternados de arenitos e solo compactado.
Essas descobertas levaram os pesquisadores a considerar a estrutura como “o monumento de pedra mais colossal construído na Europa em sua época”.
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Fonte: Olhar Digital