Uma bateria brasileira à base de nióbio é capaz de carregar carros elétricos em até 6 minutos, e testes devem começar ano que vem (2022).
A fabricação foi realizada pela Volkswagen e Toshiba, a partir de uma tecnologia 100% brasileira, sendo possível que a posição do Brasil seja elevada no segmento automotivo.
A Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) realizou uma parceria com a CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), em que devem desenvolver e também fabricar baterias à base de nióbio para veículos elétricos.
Projeto é fruto de 4 anos de pesquisa
O projeto das baterias é fruto de quase quatro anos de pesquisa realizada no Japão, em uma parceria com o conglomerado de tecnologia da Toshiba.
Atualmente, o Brasil é o maior detentor desse minério em todo mundo, contando com aproximadamente 90% das reservas de nióbio do planeta, segundo o Governo Federal.
Entre as principais vantagens desse mineral, estão:
- Alta condutividade térmica;
- Alta condutividade elétrica;
- Ductilidade;
- Maleabilidade;
- Alta resistência ao calor;
- Alta resistência ao desgaste;
- Alta resistência à corrosão.
Todas essas vantagens são responsáveis por aprimorar as propriedades de matérias, fazendo que sejam mais eficientes.
Bateria brasileira a base de nióbio deverá focar em frotas comerciais
De acordo com a Volkswagen, o início das operações deverá ser dedicado em ônibus elétricos, que são fabricados pela própria empresa.
A escolha pelos ônibus se dá devido ao tamanho, além de contarem com trajetos já programados, necessitando de um carregamento rápido.
A Toshiba já está desenvolvendo as novas células de bateria à base de nióbio, que devem ficar prontas até dezembro deste ano (2021).
Os testes devem iniciar no ano que vem, e um modelo funcional de veículo elétrico que utiliza essas baterias também deve ficar pronto até o final de 2022.
Durante os testes, a fabricante deverá analisar os dados obtidos e também direcionar os estudos da aplicação nos veículos.
Segundo a Volkswagen, as pesquisas para utilidade no nióbio em baterias veiculares estão focadas em frotas comerciais, mas não descartam a possibilidade para carros particulares.
Fonte: Click Petróleo e Gás
Imagem em destaque: Foto/Reprodução Wikipédia