A capacidade de discos rígidos foi aumentada em 10x com o uso de grafeno por cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.
A pesquisa foi publicada na revista científica Nature Communications, com a colaboração nos estudos também de equipes do:
- Reino Unido;
- Índia;
- Suíça;
- Singapura;
- Estados Unidos.
O grafeno é responsável por revestir os “pratos” que armazenam os dados em discos rígidos, consequentemente, aumentando a sua capacidade de armazenamento em comparação aos HDs utilizados com a tecnologia atual.
Capacidade de discos rígidos e sua tecnologia
Os discos rígidos (HDs) são compostos por pratos que armazenam dados, onde uma ou mais cabeças são as responsáveis pela leitura ou gravação desses dados.
Os pratos que armazenam os dados costumam contar com um revestimento à base de carbono, a fim de proteger contra danos mecânicos e possíveis corrosões.
No entanto, os pesquisadores substituíram as camadas de carbono tradicionais por quatro camadas de grafeno.
Logo após, foram realizados diversos testes, como de atrito, desgaste, corrosão, compatibilidade do lubrificante e a estabilidade térmica.
Resultados dos testes
Como resultado, o grafeno protege contra corrosão (2,5 vezes menor) e conta com baixo atrito (duas vezes menos que o material tradicional).
Além disso, também constataram a alta resistência ao desgaste e dureza do material, junto ao fato de ser compatível com os lubrificantes atuais.
Durante os testes, os cientistas da Universidade de Cambridge também transferiram o grafeno para HDs com uma camada magnética feita de ferro-platina.
Nessa camada, foi testada a técnica de Gravação Magnética Assistida por Calor (HAMR), com objetivo de aumentar a densidade dos dados.
Desse modo, seria possível aquecer o “prato” a altas temperaturas, onde os discos rígidos com revestimento à base de carbono não funcionam.
Com o grafeno, é possível ter uma densidade de dados superior a 10 terabytes por polegada quadrada.
“Isso impulsionará ainda mais o desenvolvimento de novas unidades de disco rígido de alta densidade de área”
Anna Ott, coautora do estudo e integrante do Cambridge Graphene Center.
Fonte: Olhar Digital
Imagem em destaque: Foto/Reprodução Freepik