Uma nova célula de energia revolucionária desenvolvida por engenheiros coreanos é capaz de transformar diversos combustíveis em energia elétrica.
O dispositivo é uma célula a combustível flexível, convertendo do hidrogênio ao metano, diretamente em eletricidade.
Normalmente as células a combustível são equipamentos rígidos e pesados, sendo construídos com diversas camadas de membranas montadas em placas metálicas.
Além disso, também há diversos componentes utilizados para unir essas placas, sendo uma alternativa que apesar de promissora, ainda há muito que evoluir, mas um grande passo foi dado com esse novo dispositivo.
Nova célula de energia revolucionária pode ser montada por encaixe
A célula a combustível flexível torna o equipamento todo mais leve, e também abre novas portas, para aplicações além dos veículos, como equipamentos portáteis.
O protótipo realizado pelos engenheiros é uma derivação de uma célula de combustível de membrana de eletrólito de polímero (PEMFC) passiva, aproveitando o próprio ar do ambiente.
Segundo a equipe, seu dispositivo poderá ter uma ampla gama de aplicações, como equipamentos drones e robôs e também dispositivos eletroquímicos baseados em eletrodos de membrana polimérica.
A unidade básica da célula tem formato cônico, sendo esse formato capaz de permitir a simplificação dos componentes utilizados, além de facilitar a montagem.
Desse modo, é possível que as peças sejam empilhadas, sem precisar utilizar parafusos, arruelas, porcas e outras peças que são necessárias em células atuais.
Outros benefícios do dispositivo criado por engenheiros coreanos
O interior do próprio tubo funciona como canal para o combustível, eliminado também a necessidade de uma placa de campo de fluxo.
Além disso, a placa bipolar utilizada pelos engenheiros é leve e compacta devido a sua malha de aço inoxidável, em comparação a uma placa inteiriça.
Os engenheiros ressaltaram que o peso total das peças foi reduzido para menos de 60%, com exceção do conjunto de eletrodo da membrana.
Outro benefício e característica importante é sua estrutura 3D flexível, baseada no princípio do origami, onde o projeto de treliça cônica reversa permite que a célula seja facilmente curvada e até dobrada a 90 °.
Com isso, houve a redução de seu volume em quase 50% sem haver qualquer degradação no desempenho do protótipo, que alcançou 897,7 W/kg quando alimentado com hidrogênio.
Os pesquisadores afirmaram a possibilidade de aumentar a potência total de saída conectando vários módulos em série.
Nesse caso, as unidades individuais seriam conectadas simplesmente inserindo as partes tubulares umas nas outras.
Fonte: Inovação Tecnológica
Imagem em destaque: Foto/Reprodução Wonchan Hwang