Cientistas da Alemanha e da França bateram um novo recorde histórico de menor temperatura já produzida por humanos em um ambiente de laboratório.
Os pesquisadores Christian Deppner e seus colegas resfriaram um gás a 38 picoKelvin, ou seja, 10-12 Kelvin, durante dois segundos.
Segundo os pesquisadores, pequenas mudanças na configuração realizada poderão levar a temperaturas ainda mais frias do que a obtida.
Recorde histórico de menor temperatura e o zero absoluto
Atualmente, as teorias de muitos cientistas é que a temperatura mais fria que pode existir é o zero absoluto, isto é, 0 Kelvin (-273,15 °C).
Entretanto, existem teorias alternativas que afirmam que é possível atingir temperaturas abaixo do zero absoluto, inclusive experimentos já comprovados.
Segundo pesquisas anteriores, conforme algumas substâncias ficam mais frias, algumas podem sofrer mudanças em suas propriedades.
Um exemplo é a forma líquida do hélio, que se torna um superfluido em temperaturas baixas e, de forma geral, a matéria tende a se ordenar próxima do zero absoluto.
Por ocorrerem essas mudanças, estão ocorrendo diversas pesquisas e esforços de pesquisadores para criar ambientes mais frios, o mesmo caso desses pesquisadores da Alemanha e da França.
Como ocorreu o experimento
O ambiente mais frio já registrado foi gerado utilizando uma lente feita de um gás quântico, porém o processo ocorreu em diversas etapas.
Primeiramente, a equipe criou uma nuvem de átomos de rubídio, um gás ultrafrio que é mantido coeso através de um campo magnético.
O campo foi responsável por servir como uma lente de onda-matéria, onde focalizou os átomos na nuvem que havia sido criada pelos pesquisadores.
Desse modo, foi possível formar um condensado de Bose-Einstein, que fez a nuvem esfriar ainda mais.
Na segunda etapa, o mecanismo foi posto na Torre de Queda de Bremen, na Alemanha, que possui um tubo de queda livre de 122 metros de altura.
Esse tubo simula um ambiente sem gravidade, e por isso a nuvem se expandiu em todas as direções, se tornando mais fria enquanto caía ao longo da torre.
Os responsáveis por medir a energia cinética desses átomos da nuvem conforme passaram foram sensores nas laterais da torre.
Fonte: Inovação Tecnológica
Imagem em destaque: Foto/Reprodução Freepik/DCStudio