Cientistas do IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) e da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram uma tecnologia inovadora para baterias de chumbo, tornando-as mais leves, seguras e eficientes.
Esse avanço representa uma reinvenção das baterias tradicionais, sendo muito mais leve e flexível, além de funcionar em condições extremas de temperatura, que vão de -20 ºC até aproximadamente 120 ºC.
Como funciona?
A bateria, que difere significativamente das comuns, inclui uma membrana de troca de prótons que elimina a necessidade de água e, consequentemente, os riscos relacionados a congelamento ou explosão.
Esta membrana trabalha junto com eletrodos de chumbo divididos em minúsculas partículas. Essa configuração não só aumenta a área de contato do eletrodo, permitindo maior capacidade de armazenamento de energia, como também torna a bateria flexível, podendo ser moldada para diferentes usos e superfícies.
Vantagens ambientais e práticas
Comparada às baterias de íons de lítio, a nova bateria de chumbo oferece diversas vantagens. É ecologicamente mais viável, pois o chumbo é um material facilmente reciclável, ao contrário do lítio, que acumula em lixos eletrônicos e apresenta riscos de incêndio.
A mineração de cobalto, essencial para as baterias de lítio, também tem impactos ambientais significativos que são mitigados no novo modelo. Além disso, essa inovação pesa apenas uma fração das baterias de chumbo convencionais e pode ser usada em uma gama muito mais ampla de dispositivos.
Perspectivas futuras
A pesquisa já mostrou resultados promissores, com os protótipos estáveis por 500 ciclos de carga e descarga. A flexibilidade e leveza da nova bateria abrem possibilidades para seu uso em uma variedade de dispositivos eletrônicos, incluindo celulares e computadores.
A capacidade de operar em temperaturas extremas também sugere potenciais aplicações em ambientes desafiadores, que vão desde veículos elétricos até aeronaves.
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Fonte: Inovação Tecnológica