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Cientistas criam pele artificial impressa em 3D que pode reconstruir tecidos lesionados

Pesquisador da Penn State University trabalhando com a bioimpressora 3D usada para imprimir camadas da pele. (Imagem: Michelle Bixby/Penn State)

A inovação no campo da medicina regenerativa acaba de dar um grande passo com o desenvolvimento de uma tecnologia de impressão 3D capaz de fabricar pele artificial.

Esta nova técnica, projetada para reconstruir áreas danificadas da pele, foi recentemente testada com sucesso em ratos, abrindo caminho para futuras aplicações em humanos.

A pesquisa, conduzida pela Universidade Estadual da Pensilvânia (Penn State), foi publicada na revista Bioactive Materials, marcando um potencial avanço no tratamento de pacientes com lesões na pele.

Como funciona a impressão de pele?

Esquema do processo de impressão da pele em 3D – Bioactive Materials

A magia por trás dessa técnica inovadora reside na bioimpressão, um processo onde tecido adiposo é inicialmente retirado de pacientes que se submeteram a cirurgias.

Desta matéria-prima, extrai-se uma matriz extracelular rica em moléculas e proteínas que conferem estrutura ao tecido.

Esta matriz, junto a células-tronco e uma solução especial de coagulação, forma a “biotinta” utilizada na impressão.

Utilizando uma bioimpressora especialmente equipada, os cientistas são capazes de depositar esta biotinta diretamente sobre as lesões, permitindo a reconstrução precisa da área afetada.

Descobertas e avanços futuros

Durante a fase experimental, a equipe de pesquisa descobriu a importância de combinar a matriz extracelular com células-tronco para promover a formação eficaz da hipoderme, a camada mais profunda da pele.

Este processo resultou na formação espontânea da derme e, subsequentemente, da epiderme, culminando na cicatrização completa da ferida.

Um aspecto promissor observado foi o início da formação de folículos capilares, sugerindo um potencial para o crescimento de cabelo nas áreas reconstruídas.

A aplicação dessa tecnologia tem o potencial de revolucionar o tratamento de pacientes com deformidades ou lesões na pele, oferecendo uma recuperação mais natural e estética.

A equipe de pesquisa, liderada por Ibrahim Ozbolat, agora se concentra em expandir essa técnica para a impressão 3D de ossos e aperfeiçoar a correspondência dos tons de pele, com a esperança de que a bioimpressão se torne um recurso valioso em cirurgias plásticas e reconstrutivas, dermatologia e transplantes capilares.

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Fonte: Olhar Digital