Cientistas desenvolveram uma inovadora estratégia para criar bioplásticos sustentáveis feitos principalmente de amido de milho, popularmente conhecido como fubá. Estes bioplásticos de fubá apresentam várias vantagens, incluindo flexibilidade, resistência à água, resistência a solventes e uma propriedade surpreendente: a capacidade de autocura. Isso significa que eles podem se autorreparar automaticamente se danificados.
O amido é um material interessante para a produção de bioplásticos, mas sua rigidez e outras limitações sempre foram obstáculos para sua aplicação mais ampla. Para superar esses desafios, pesquisadores da Universidade de Tecnologia do Sul da China criaram um plástico de amido totalmente biológico que é transparente, flexível e tem a capacidade única de se consertar sozinho, não apenas de pequenos arranhões, mas também de danos mais extensos, incluindo cortes profundos.
A equipe utilizou uma nova técnica que envolve a construção de uma rede covalente adaptável, enfraquecendo as ligações de hidrogênio entre as moléculas de amido. Esse processo resultou em um plástico de amido com notável flexibilidade, excelente resistência térmica e capacidade de autocura.
Para realizar a autocura, basta adicionar o mesmo material em pó sobre o dano. A eficiência de autocura alcançou mais de 88% em termos de propriedades mecânicas.
“Introduzimos com sucesso uma nova estratégia para o desenvolvimento de bioplásticos sustentáveis, processáveis termicamente e degradáveis, usando materiais totalmente de base biológica,” afirmou o professor Xiaohui Wang, líder da equipe.
Essa descoberta não apenas oferece uma alternativa promissora aos plásticos convencionais à base de petróleo, mas também representa um passo significativo em direção a uma solução mais ecológica e sustentável para o problema global da poluição plástica.
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Fonte: Inovação Tecnológica