Em uma abordagem inovadora e sustentável, estudantes do Centro de Excelência Dom Juvêncio de Britto, localizado em Canindé de São Francisco, Sergipe, desenvolveram uma maneira econômica e eficaz de purificar água.
Utilizando quiabos descartados, o projeto visa tratar águas de barreiro para tornás-la próprias para o consumo, com um custo impressionante de apenas R$ 0,01 por litro.
O nascimento do “Acendra”
Lucas Adib, Arthur Jorge e Anne Gabriela de Freitas, trio de alunos do 2º ano do ensino médio, são os criativos por trás do “Acendra”.
O projeto, que surgiu da necessidade de encontrar soluções sustentáveis que atendessem às demandas locais, já ganhou destaque em eventos de grande porte, como a Feira de Conhecimento e Arte (Feconart) e a Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec).
Segundo Lucas Adib, a motivação para o “Acendra” veio da observação direta das dificuldades enfrentadas pela comunidade local em acessar água potável.
Em um contexto onde muitos dependem de carros-pipa para o abastecimento de água, o projeto propõe uma alternativa viável e sustentável para o aproveitamento de águas de barreiro.
Descoberta no laboratório
A pesquisa conduzida no laboratório da escola revelou que a pectina, uma substância encontrada no quiabo, poderia atuar como um coagulante natural eficaz, substituindo aditivos inorgânicos prejudiciais à saúde.
Além disso, os resíduos dessa mucilagem, ao contrário dos inorgânicos, podem ser reaproveitados como adubo, contribuindo ainda mais para a sustentabilidade do projeto.
Impacto além da sala de aula
O “Acendra” vai além de uma simples iniciação científica; representa uma mudança de perspectiva para os jovens envolvidos.
Lucas destaca como o projeto o fez reconhecer seus privilégios diante das adversidades enfrentadas por muitos nordestinos quanto ao acesso à água.
A esperança é que o “Acendra” possa transformar significativamente a realidade de muitas pessoas, abordando um problema de extrema importância de maneira inovadora e sustentável.
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Fonte: Ciclo Vivo