O Google e a Universidade de Harvard mapearam o cérebro humano e descobriram o quanto cabe de dados: um milímetro cúbico equivale a aproximadamente 1,4 petabytes de dados.
E somente esse milímetro cúbico analisado do córtex, é um tamanho equivalente a cerca de 11 mil filmes em resolução 4K.
O córtex foi analisado por ser uma das partes mais importantes, que desempenha funções de:
- planejamento;
- pensamento;
- memória;
- interpretação de linguagens;
- percepção;
- entre diversos outros.
A parte mapeada está disponível na página dedicada do projeto, criada pela empresa de Mountain View.
Google e Harvard mapearam cérebro doado por pacientes
A amostra de tecido que foi analisada foi doada por pacientes que passaram por alguma cirurgia cerebral, a fim de tratar de epilepsia no Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, nos Estados Unidos.
No fim, a amostra do tecido foi repassado ao laboratório Lichtman, que é mantido pela Universidade de Harvard.
Para obter as imagens, os pesquisadores tiverem que cortar o tecido usando um micrótomo automatizado. O tecido foi cortado em cerca de 5,3 mil sessões individuais, de 30 nanômetros cada.
“[Os pesquisadores] Agruparam essas seções em pequenos wafers de silicone, e criaram uma imagem do tecido cerebral com uma resolução de quatro nanômetros, reproduzida em um microscópio customizado de escaneamento paralelo para rápida obtenção desta imagem”
Google
Como resultado, foram obtidas 225 milhões de imagens individuais em duas dimensões (2D) que o Google “costurou”.
Todas essas imagens foram alinhadas em um pano de fundo em 3D usando várias unidades do Cloud TPU, onde ocorrem serviços e aplicações que o Google dependa de inteligência artificial.
Segundo a empresa, apesar do progresso na compreensão da organização macroscópica do tecido, a organização (a nível individual) dessas células nervosas e suas sinapses conectoras ainda é sobretudo, desconhecida.
Futuro da pesquisa
O Google afirmou que pretende “extrapolar” os números, uma vez que o 1,4 petabyte que foi extraído corresponde somente a um milionésimo do volume de um cérebro completo.
No entanto, isso poderá demorar: comprimir toda essa informação de forma navegável e também precisa não é simples.
Atualmente, o Google e a Universidade de Harvard já estão pesquisando novas formas de conseguir seguir para o próximo passo.
Fonte: Olhar Digital
Imagem em destaque: Foto/Reprodução Google/Lichtman Laboratory