A primeira corrida de carros autônomos do mundo foi disputada no dia 23 de outubro, no Indianapolis Motor Speedway (IMS).
O local é considerado o principal “templo do esporte a motor” nos Estados Unidos, e foi organizado pelo próprio IMS em parceria com a ONG Energy Systems Network (ESN).
A corrida, batizada de Indy Autonomous Challenge, tem como modelo o Darpa Grand Challenge, um concurso lançado pelo Departamento de Defesa dos EUA em 2000 que incentivava o desenvolvimento de carros autônomos.
Cada veículo que compete na corrida custa mais de US$ 1 milhão para ser feito, porém foram comprados por aproximadamente US$ 300 mil.
Primeira corrida de carros autônomos traz parceria com fundações
Além de parceria com fundações, as equipes que competem são compostas por alunos de universidades de todo o mundo, trazendo também apoio de doações corporativas.
Entre as universidades, estão:
Western Michigan;
- A&M;
- Virgínia;
- MIT;
- Munique;
- Varsóvia.
Os times compraram o veículo por US$ 300 mil, porém o vencedor recebe um prêmio universitário no valor de US$ 1,5 milhão.
Ao todo, participaram 9 equipes de 21 universidades, e a corrida de 80 quilômetros de extensão foi divulgada no próprio no site oficial do IAC, às 14h (de Brasília).
Saiba mais sobre o Indy Autonomous Challenge
Assim como outras competições organizadas nos Estados Unidos, o carro é padronizado para todas as escuderias no Indy Autonomous Challenge.
O carro é baseado no mesmo chassi da Indy Lights, a divisão de base da Fórmula Indy, onde o IAC AV-21 traz um motor de combustão interna que gera 335 kW de potência (449 cavalos).
Além disso, também há o câmbio sequencial de seis velocidades e o monoposto é equipado com:
- 6 monôcameras;
- 4 radares;
- 3 sensores LiDAR;
- 1 GPS RTK.
Desafios da corrida
Apesar dos veículos não terem como foco a velocidade, ainda existem diversos desafios, principalmente em mostrar como esses carros autônomos lidam com o perigo.
Segundo os próprios participantes da corrida, entre os desafios específicos está a importância de determinar a melhor forma de ultrapassar o veículo à frente sem provocar uma colisão.
Outro desafio é como garantir que um veículo sem piloto seja capaz de processar todos os comandos enquanto se move a uma velocidade de 290 km/h.
Existem três elementos que devem ser analisados durante a corrida, sendo eles:
- Percepção;
- Planejamento;
- Controle.
Inicialmente, o veículo utiliza os sensores de ambiente para perceber características da pista e, a partir desses dados, calcula os movimentos necessários para planejar a próxima manobra.
É preciso ter um algoritmo complexo o suficiente que permita ao monoposto reagir a situações imprevisíveis na pista, o que pode ocorrer com frequência.
Fonte: Olhar Digital
Imagem em destaque: Foto/Reprodução IAC