A empresa química norueguesa Yara lidera um projeto pioneiro no transporte marítimo, introduzindo o primeiro navio porta-contêineres movido a amônia. Previsto para 2026, este navio oferece uma alternativa mais ecológica ao uso de diesel, que é uma grande fonte de emissões de CO2.
Grandes navios enfrentam limitações com baterias e hidrogênio devido ao seu tamanho e capacidade limitada de armazenamento de energia. O metanol é uma opção intermediária, mas não é completamente sustentável.
A amônia surge como uma solução mais viável para navegação mais limpa, embora tenha menor densidade de energia em comparação com o diesel. No entanto, pode ser queimada de forma mais limpa em motores de combustão, minimizando a produção de óxidos nitrosos, e já é amplamente produzida para uso agrícola, o que a torna mais acessível.
A Yara está colaborando com a North Sea Container Line neste projeto do navio porta-contêineres. A Enova, organização de financiamento climático e energético, contribui com 40 milhões de coroas norueguesas (cerca de R$ 18,5 milhões).
Chamado de Yara Eyde, o navio será menor em comparação com muitos outros do mesmo segmento e vai operar em uma rota mais curta, entre Noruega e Alemanha, cobrindo aproximadamente 442 milhas náuticas. A expectativa é reduzir anualmente 11.000 toneladas de emissões de CO2. Após esse projeto, a parceria planeja lançar mais navios movidos a amônia.
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Fonte: Olhar Digital