A simulação do universo mais realista já feita foi criada por uma equipe internacional de pesquisadores, e seus resultados foram publicados na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Chamada de Uchuu (que significa universo, em japonês), a simulação é considerada não só a mais realista, como também a maior e mais detalhada até os dias de hoje.
O universo simulado pelos cientistas conta com 2,1 trilhões de “partículas” em cubo, onde suas dimensões têm 9,6 bilhões de anos-luz
Simulação do universo mais realista é disponibilizado online
Os cientistas disponibilizaram para que qualquer usuário possa acessar, graças à compressão de alta densidade, onde os resultados foram comprimidos em “apenas” 100 terabytes.
Todos os dados públicos foram armazenados na nuvem e disponibilizados neste site, sendo possível acessar aqui.
Como a simulação foi feita
Todo o material foi disposto em um cubo computacional, onde os lados se estendem a distâncias equivalentes a cerca de 75% daquelas entre a Terra e galáxias distantes já observadas.
Como resultado, a simulação é capaz de “modelar” a evolução do universo ao longo de 13 bilhões de anos, com foco no comportamento da matéria escura.
Por ser focado na estrutura de larga escala do nosso universo, a simulação não incluiu estrelas e planetas, apesar de identificar diversas estruturas.
Essas estruturas vão de aglomerados de galáxias até halos de matéria escura, que estão presentes em galáxias individuais.
Tempo para produzir essa simulação
Com tantos detalhes e informações no Uchuu, foram necessários diversos equipamentos de potência computacional e também de armazenamento.
A equipe de pesquisadores trabalhou com cerca de 40.000 núcleos de computadores, além de 20 milhões de horas computacionais para produzir a simulação.
Ao todo, foram produzidos mais de 3 petabytes de dados (3.000 terabytes/3 milhões de gigabytes), que posteriormente foram reduzidos para os 100 terabytes, a fim de disponibilizar a simulação online.
Fonte: Canaltech
Imagem em destaque: Foto/Reprodução Ishiyama et. al, MNRAS, 2021