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Animais parecidos com águas vivas estão desligando reatores nucleares

Animais parecidos com águas vivas estão desligando reatores nucleares

Animais parecidos com águas vivas desligaram dois reatores nucleares da operadora Korea Hydro & Nuclear Power (KHNP), na Coreia do Sul.

Os animais, chamados salpas marinhas, são pequenos e gelatinosos, com aspecto semelhante as águas vivas que estamos acostumados, tendo apenas 10 cm de altura.

Esses dois animais obstruíram totalmente os dois reatores nucleares da operadora, causando, consequentemente, seu desligamento.

Animais parecidos com águas vivas entraram em sistema de resfriamento

As salpas marinhas entraram em um sistema da Korea Hydro & Nuclear Power, responsável pelo resfriamento dos reatores Hanul 1 e 2.

No entanto, os animais não entraram uma única vez, visto que o sistema foi invadido pelas salpas em ao menos duas ocasiões.

A primeira vez ocorreu no final de março, onde os equipamentos chegaram a ficar fora do ar durante uma semana.

Os dois equipamentos, juntos, geram 950 megawatts (MW). o que poderia afetar mais de 1 milhão de residências.

O caso não ocorreu somente na Coreia do Sul, visto que em janeiro deste ano, uma usina nuclear da França também precisou desligar quatro reatores.

Entretanto, no caso do país europeu, foram alguns peixes que entraram e ficaram presos nos filtros do sistema de bombeamento da estação.

Salpas marinhas podem continuar aparecendo devido à mudanças climáticas

Normalmente, as salpas marinhas costumam ser encontradas no oceano durante o mês de junho, no final da primavera e início do verão no hemisfério Norte.

Elas costumam formar cadeias imensas, mas devido as correntes marítimas ainda mais quentes, os números estão aumentando ainda mais a cada ano.

De acordo com pesquisadores, os animais parecidos com águas vivas estão se espalhando no mundo de forma significativa devido às mudanças climáticas.

Com os oceanos mais quente, o ambiente também fica mais propício a reprodução e também alimentação desses animais.

A previsão é que os oceanos fiquem ainda mais quentes nos próximos anos, e as paralisações causadas pelos animais podem se tornar comuns, segundo o chefe do Laboratório de Pesquisa e Informação do Meio Marinho, Chae Jinho. 


Fonte: Olhar Digital

Imagem em destaque: Imagem/Reprodução Edoardo Dalla Torre