O anticiclone “Lúcifer” causou uma temperatura recorde de 48,8° na última quarta-feira (11), em Siracusa, na ilha italiana da Sicília, na Itália.
A temperatura foi informada pelo Serviço Siciliano de Informação Agrometeorológica, e caso confirmado pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM), será a maior temperatura já registrada em território europeu.
Segundo Maximiliano Herrera, climatologista, a estação do clima da região dispõe de bons equipamentos, e possivelmente o recorde será confirmado.
Como resultado, será possível superar o registro de 48°C, que ocorreu em Atenas, na Grécia, em 1977.
Temperatura recorde de 48,8° na Itália é devido a onda de calor
Uma onda de calor está atingindo o hemisfério-norte, causando também altas temperaturas e incêndios em diversos outros países, como no Norte da África, em que houve o registro de 49°C.
O outro motivo é o anticiclone “Lúcifer”, que é conhecido como uma área de alta pressão, sendo o oposto de um ciclone (área de baixa pressão).
De acordo com o Dicionário da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), se trata de uma “área com pressão superior àquela apresentada em áreas circunvizinhas”.
Como resultado, há uma divergência de ventos, que se movem no sentido anti-horário no Hemisfério Sul e no sentido horário no Hemisfério Norte.
Até o momento, o anticiclone também está sendo associado a um aumento nas internações de emergência em hospitais do país.
Consequências do aquecimento global
Para os especialistas, tanto a onda de calor quanto o anticiclone Lúcifer são apenas condições extremas do clima que ocorrem devido ao aquecimento global.
Assim, segundo os pesquisadores, com o aumento médio da temperatura global que ocorre a cada ano, esses eventos climáticos de frio ou calor extremo devem se tornar mais comuns.
Essa afirmação também foi realizada pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que está ligado diretamente às Nações Unidas (ONU).
Fonte: Tecmundo e Tempo
Imagem em destaque: Foto/Reprodução David Darling/Shutterstock