Um asteroide de aproximadamente 70 metros tem chance de atingir a Terra no ano que vem (2023), segundo o astrônomo brasileiro Cristóvão Jacques.
O asteroide foi descoberto em 6 de janeiro deste ano, chamado de 2022 AE1, a partir do Observatório do Mount Lemmon Survey, no Arizona, Estados Unidos. Já no dia seguinte (7), a descoberta foi oficializada através da Circular MPEC 2022-A56, pelo Minor Planet Center.
O astrônomo publicou um vídeo do Observatório SONEAR, onde trabalha na busca de asteroides que estão próximos à Terra desde 2014.
Asteroide de 70 metros tem baixíssima probabilidade de colisão
No vídeo, ressalta que não há motivos para maior preocupação, devido a baixíssima probabilidade de colisão entre o 2022 AE1 e a Terra.
Além disso, os dados ainda são imprecisos, havendo uma grande incerteza se realmente o meteoro poderia sequer passar “próximo” ao nosso planeta.
Inicialmente, após 3 dias de observação do asteroide, foi calculada uma possibilidade de 0,03% de impacto com a Terra, segundo cálculos de sua órbita.
Após observações consecutivas, aliadas a observações que foram resgatadas anteriores à descoberta que ocorreu no início deste mês, a precisão dos cálculos foi aprimorada.
O segundo cálculo realizado pelos cientistas elevou a possibilidade de impacto para 0,067%, porém não sendo o resultado final até o momento.
Com os dados realizados nas últimas observações, somando 8 dias de medidas, a órbita do asteroide foi mais uma vez refinada, com a possibilidade reduzida para 0,036%, sendo o impacto previsto para o dia 4 de julho de 2023.
Já o Sentry, o serviço da National Aeronautics and Space Administration (NASA), calculou a chance de 0,000011%, para o dia 3 de julho de 2028.
Atualmente, grandes observatórios estão analisando o 2022 AE1 em imagens antigas a fim de aumentar a precisão dos cálculos, além de realizar novas observações.
No entanto, a rota mais provável é que o asteroide passe a 6,4 milhões de km da Terra, no dia 2 de julho de 2023.
O que aconteceria se a colisão fosse confirmada?
Se a colisão for confirmada, haverá o rastreamento do asteroide nos próximos meses, e será possível saber com antecedência em que local da Terra ele poderá atingir.
Como resultado, seria possível realizar medidas de prevenção como tentar desviar o asteroide ou até mesmo evacuar as possíveis regiões afetadas.
De acordo com os pesquisadores, caso atingisse a Terra, o asteroide explodiria com uma energia de 21,5 milhões de toneladas de dinamite (cerca de 1.400 bombas de Hiroshima detonadas simultaneamente).
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Fonte: Olhar Digital
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