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Cientistas observaram aumento de radiação na usina de Chernobyl

Cientistas observaram aumento de radiação na usina de Chernobyl

Cientistas observaram um aumento de radiação em uma sala sub-reativa localizada na usina de Chernobyl, na Ucrânia.

Segundo os cientistas, as reações de fissão nuclear na câmara está com níveis de emissões 40% acima, desde a sua construção em 2016.

O caso está sendo avaliado para verificar se o problema deverá se estabilizar ou se será preciso uma intervenção para evitar outra reação nuclear.

Caso seja preciso uma mediação, substâncias como o nitrato de gadolínio devem ser aplicadas, a fim de absorver o excesso de nêutrons e evitar uma reação de fissão.

Sala 305/2 da usina de Chernobyl

A sala foi observada durante um monitoramento de rotina, e o local está inacessível desde à explosão de reatores. após a queda de paredes.

De acordo com os especialistas, o processo pode estar ocorrendo devido a uma estrutura que foi construída sobre as ruínas em 2016.

Essa recente estrutura pode estar consumindo parte de um fluxo de água que é utilizado para dificultar o surgimento de nêutrons, que busca desacelerar a reação de fissão gerada a partir do decaimento de combustíveis radioativos.

Níveis de perigo

O pesquisador de descarte de lixo nuclear da Universidade de Sheffield, Neil Hyatt, em entrevista à New Scientist, afirmou que a situação é como as “brasas em uma churrasqueira”, sendo um lembrete de que a tragédia não foi um problema resolvido, mas sim estabilizado.

“Estamos falando sobre taxas muito baixas de fissão, não é como se um reator nuclear estivesse funcionando a todo vapor. Estamos confiantes com nossa estimativa que a quantidade de material físsil naquela sala não ocasionará em explosão. Mas não temos certeza”

Neil Hyatt

Segundo o especialista, é esperado que ocorra como outros casos como esse que já foram vistos, onde a taxa básica de nêutrons havia aumentado, estabilizado e então diminuído novamente.

Maxim Saveliev, membro do Instituto de Problemas de Segurança de Usinas Nucleares, afirmou que é difícil determinar um nível preciso de perigo.

De acordo com Saveliev, não é possível ter uma ideia da quantidade de material radioativo que está no local.

Para Maxim, ainda existem apenas suposições sobre o caso, e defende que os robôs devem chegar o mais próximo possível do local e coletar amostrar, instalar sensores de nêutrons e também aparelhos para conter riscos maiores.


Fonte: Tecmundo

Imagem em destaque: Foto/Reprodução Getty Images