Recentemente vieram à tona, alguns estudos publicados na Advances revista da União Geofísica Americana, mostrando alguns impactos na terra sólida e a concentração de peso em áreas relativamente pequenas, localizadas nas grandes metrópoles para suportá-lo.
A exemplo de Shanghai, que possui alguns dos arranha-céus mais altos do mundo, além de possuir um grande nível de contaminação que potencializa as consequências do efeito-estufa, e um subsolo debilitado, está sendo uma carga muito pesada para a cidade mais populosa da China (20 milhões de habitantes).
Há quase uma década, o engenheiro Wi Zixin, declarou que Shangai está em um processo irreversível e prestes a afundar, mesmo que possa ser retardado. Isso acontece em razão de 1,5-2 cm ao ano, resultado dos fatores já mencionados e do crescimento do mar, causado pelas mudanças climáticas.
Segundo o Instituto de Shangai de Geologia, o nível da cidade baixou em mais de dois metros nos últimos 40 anos. Além disso, segundo o Centro de Investigações Geotécnicas, nas últimas décadas registou-se o afundamento de até dois metros de edifícios distintos. Estes fatos se relacionam com uma combinação de materiais de construção pesados e terreno macio com erros técnicos e projeto.
No caso de São Francisco, Califórnia (EUA), em uma coleta de dados, Parsons, geofísico da United States Geological Survey (USGS),estimou que a cidade pode ter afundado até 80 milímetros a partir do momento em que a cidade cresceu com o passar do tempo.
Para o pesquisador, o próprio peso da cidade seria o suficiente para entortar a litosfera, local onde o centro urbano está apoiado. Entretanto, a situação pode ser mais séria do que imaginamos, pois os cálculos do estudo ainda não levaram em conta veículos, pessoas e a infraestrutura.
Como mostra o autor no estudo, ao passo que as populações globais se deslocam desordenada e desproporcionalmente em direção às áreas litorâneas e costeiras, ocorre uma subsidência adicional que, associada com a elevação do nível dos oceanos, pode agravar o risco de uma inundação.
Para Parsons, as prováveis zonas de inundação deveriam ser objeto de análises cuidadosas ao passo que o nível do mar foi se elevando. Sendo necessário, estudos e fotos de satélite ou aéreas que poderiam ser utilizadas para subsidiar planos de contingência.
Imagem em destaque: Foto/Reprodução internet
Fonte: SSQ