Cientistas alertam que descongelamento de geleiras podem liberar vírus e bactérias mortais
Um estudo realizado pelo pesquisador Arwyn Edwards, da Universidade Aberyswyth, apontou o perigo de descongelamento de geleiras.
Segundo o estudo publicado na revista Nature Climate Change, o gelo no ártico funciona como uma espécie de “freezer gigante”, que poderá liberar antigos vírus e bactérias mortais.
Nesse “freezer” não só há uma série de resíduos, como também pode haver vírus não descobertos, produtos tóxicos e até mesmo lixo nuclear.
O grande problema está no ritmo acelerado de derretimento do gelo, que também provoca um aumento no nível do mar, havendo a possibilidade de que todos esses elementos “escapem”.
Descongelamento de geleiras no ártico
O estudo feito pelo pesquisador aponta que o permafrost ártico tem sido explorado para diversos fins, como atividades industriais, extração de recursos e até mesmo testes nucleares.
Esse tipo de solo que existe na região poderá, com o decorrer do degelo, “liberar” esses perigosos compostos no meio ambiente.
De acordo com a BBC, há mais de 100 espécies de micróbios, de diferentes épocas, que estão presentes no solo ártico que são resistentes a antibióticos.
Além disso, os pesquisadores também sugerem que qualquer contaminante ou risco biológico que for liberado do gelo poderá se espalhar com rapidez ao meio ambiente.
Esse apontamento ocorre por haver mais de 1.000 assentamentos no ártico, sejam eles para apoiar operações militares, extração de recursos e também pesquisas científicas.
Outras consequências do descongelamento
Devido ao derretimento de geleiras e calotas polares, existem diversos danos que estão sendo causados a região norte da Rússia, uma vez que 40% dos prédios estão construídos sobre o permafrost.
Esses prédios sofrem com danos estruturais, sinais de deformações e também risco de desabamento.
Além disso, algumas cidades podem desaparecer em poucos anos, como é o caso de Yakutsk, a cidade mais fria do mundo que conta com 300 mil habitantes.
Estimativa de cientistas apontam que todo o território poderá desaparecer do mapa dentro de 30 anos, caso o ritmo de emissão de poluentes não diminua.
Fonte: Olhar Digital
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