Dispositivo transforma movimentos do corpo em energia de forma 10.000 vezes mais efetiva
Um dispositivo criado pela Universidade da Califórnia, de Los Angeles, é capaz de transformar movimentos do corpo humano em energia.
Apesar do dispositivo não ser inédito, ele transforma a energia de forma 10.000 vezes mais efetiva, em comparação aos outros equipamentos já criados.
O dispositivo bioeletrônico não somente é macio, como também flexível para ter um ótimo efeito magnetoelástico, o que só havia sido documentado em sistemas rígidos.
Movimentos do corpo humano em energia com efeito magnetoelástico
O efeito magnetoelástico é a mudança de quanto um material é magnetizado quando minúsculos ímãs são constantemente aproximados e separados por pressão mecânica.
Yihao Zhou foi o responsável por gerar esse efeito em um material macio e flexível, uma vez que ele só havia sido documentado em sistemas rígidos.
O gerador construído pelo pesquisador deverá alimentar pequenos aparelhos portáteis, tecidos eletrônicos, implantes e sensores de diagnóstico.
Por ser macio e flexível, a tecnologia já nasce compatível com tecnologias de vestir, onde as pessoas podem se movimentar e se esticar com conforto enquanto geram energia.
Por depender de magnetismo ao invés de eletricidade, a umidade e o suor não comprometem a eficácia do equipamento quando pressionadas contra a pele humana.
De acordo com o professor Jun Chen, a descoberta abre um novo caminho para tecnologias práticas de energia, sensoriamento e terapêuticas centradas no corpo humano.
Resultados da tecnologia utilizada
A fim de demonstrar seu conceito, a equipe de cientistas utilizou ímãs microscópicos dispersos em uma matriz polimérica de silicone catalisada com platina, que é fina como papel.
Os ímãs utilizados foram de boro-ferro-neodímio na matriz e tinham como objetivo gerar um campo magnético que muda a intensidade, conforme a matriz ondula.
Desse modo, conforme a matriz ondula e a força desse campo magnético gerado muda, a eletricidade é gerada.
O protótipo do gerador era do tamanho de uma moeda e foi fixado no cotovelo, onde gerou 4,27 miliamperes por centímetro quadrado.
Em comparação em termos de eficiência, a tecnologia criada é 10.000 vezes melhor que a melhor tecnologia de nanogeradores flexíveis demonstrada até os dias atuais.
Fonte: Inovação Tecnológica
Imagem em destaque: Foto/Reprodução Jun Chen/UCLA