Diversas companhias americanas estão preocupadas com a retomada do 5G nos Estados Unidos (EUA), especialmente da AT&T e da Verizon.
A retomada do 5G da AT&T e da Verizon ocorrerá no próximo mês (em 5 de janeiro/2022), e poderá levar a atrasos generalizados de voos no país.
Além disso, a preocupação das companhias americanas é ainda maior em situações em que ocorra tempestades de neve e outras condições climáticas que causam baixa visibilidade.
Retomada do 5G nos EUA pode interferir em altímetros e outros equipamentos
A banda, chamada C 5G, compreende o espectro de 3,8 a 4,3 GHz, sendo vista como uma ameaça que é capaz de interferir em altímetros (equipamentos que rastreiam a altitude das aeronaves ao rebater as ondas de rádio do solo) e outros equipamentos de aviões e helicópteros.
No caso do altímetro, caso haja uma interferência no processo, aviões e outros veículos aéreos ficam impedidos de pousar em situações de pouca visibilidade.
Como resultado, ocorreriam não só atrasos, como também desvios e até mesmo diversos voos poderiam ser cancelados.
De acordo com Gary Kelly, atual CEO da Southwest Airlines, uma das maiores linhas aéreas dos Estados Unidos, a implantação do 5G é a “preocupação número um” da empresa no curto prazo.
Segundo a Airlines for America, uma associação comercial e grupo de lobby que representa as principais companhias aéreas do continente, informou que as interrupções nos voos com o lançamento do C 5G poderá causar um prejuízo de até US$ 2,1 bilhões.
A associação também alertou o Senado dos Estados Unidos que o novo serviço, prestado pelas duas das maiores empresas de telecomunicação, tem o potencial para interromper até 350 mil voos por ano.
Indústria de telecomunicações dos EUA entra em conflito com as companhias aéreas
No entanto, a indústria de telecomunicações dos Estados Unidos afirmou diversas vezes que essa alegação sobre o C 5G não tem fundamento.
Segundo a indústria, os sinais estão longe o suficiente das frequências utilizadas pelos altímetros, além de serem configuradas para operar em níveis seguros.
Já a Comissão Federal de Comunicações (FCC) ainda não impôs restrições adicionais, sendo essa mesma comissão que aprovou as operadoras usarem essas novas ondas.
Atualmente, a agência governamental está trabalhando junto a Administração Federal de Aviação (FAA) para resolver essa disputa em andamento.
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Fonte: Olhar Digital
Imagem em destaque: Foto/Reprodução fanjianhua