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Genoma de população humana desconhecida é encontrada na lama de uma caverna

O genoma de uma população humana desconhecida foi encontrada em um punhado de lama de uma caverna, após milênios.

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A pesquisa foi liderada pelo biólogo evolucionário Pere Gelabert, e pelo arqueólogo Ron Pinhasi da Universidade de Viena.

De acordo com a pesquisa publicada na revista científica Current Biology, o genoma revela traços de uma mulher que viveu há 25 mil anos.

A equipe encontrou seis amostras de solo na caverna Satsurblia, localizada na Geórgia, onde descobriram os vestígios de material genético.

As amostras foram encontradas na forma de DNA mitocondrial, onde também foram produzidas o DNA de espécies de lobos e bisões.

Genoma de população humana desconhecida pertence a última era glacial

A amostra foi remontada o suficiente para ter mais informações sobre as populações que habitavam a região.

Segundo a pesquisa, a mulher era um membro de um grupo até então desconhecido de humanos modernos.

Apesar do grupo já estar extinto, ele supostamente contribuiu para as populações atuais que estão na Europa e na Ásia.

A conclusão da equipe de cientistas foi feita com base em uma comparação do genoma antigo com os genomas humanos atuais.

Além disso, o genoma encontrado do lobo também apresentou uma linhagem desconhecida e já extinta, enquanto o DNA mitocondrial no genoma de bisão pode ser encontrado nos bisões atuais.

Os cientistas, no entanto, ainda não conseguem afirmar se as três espécies encontradas na caverna viveram na mesma época.

“Nossos resultados fornecem novas percepções sobre as histórias genéticas do Pleistoceno Tardio dessas três espécies e demonstram que o sequenciamento direto do DNA de sedimentos, sem métodos de enriquecimento de alvos, pode produzir dados informativos de ancestrais e relações filogenéticas em todo o genoma.”

pesquisa publicada na revista científica

Limitações do estudo do DNA no ambiente

Atualmente, o estudo do DNA realizado no ambiente conta com algumas limitações significativas para a ciência.

Entre essas limitações, está a natureza fragmentária de qualquer material genético que foi recuperado e há também uma alta possibilidade de contaminação do material pelo ambiente.

Entretanto, os cientistas afirmam que o DNA de sedimentos antigos poderá trazer novas abordagens:

“O DNA de sedimentos antigos em todo o genoma pode abrir novas abordagens para o estudo de ecossistemas inteiros, incluindo interações entre diferentes espécies e aspectos das práticas humanas ligadas ao uso de animais ou plantas.”

Pesquisadores da pesquisa publicada na revista científica

Fonte: Hypescience

Imagem em destaque: Foto/Reprodução Anna Belfer-Cohen.

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