O grafeno poderá ser a solução para a limpeza da Baía de Guanabara, segundo o anúncio do secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro, Sérgio Luiz Costa Azevedo Filho, na última sexta-feira (14).
Durante o Rio Innovation Week, o secretário informou que o estado deverá contar com um novo centro tecnológico, que irá produzir esponjas de grafeno em escala industrial.
As esponjas hidrofóbicas (capazes de repelir a água) são reutilizáveis, porém, seu destaque vai para a capacidade de retirar materiais oleosos de superfícies aquáticas.
Assim, ela pode ser utilizada em rios, lagoas e até mesmo algumas porções oceânicas, como o caso da Baía de Guanabara.
Limpeza da Baía de Guanabara com esponjas hidrofóbicas
Em seu anúncio, foi divulgado que o grafeno é a forma de carbono que apresenta propriedades como resistência mecânica, ao mesmo tempo que também apresenta leveza.
Além disso, também se trata de um nanomaterial muito abundante no Brasil e muito estudado por diversas cientistas ao redor de todo mundo.
Para desenvolver a tecnologia, os responsáveis se dedicaram durante dois anos no Programa de pós-graduação em Engenharias de Processos e Tecnologias da Universidade de Caxias do Sul (UCS), a partir de um projeto de pesquisa sobre as espumas hidrofóbicas.
Houve uma demonstração da capacidade do produto em retirar óleos e outras substâncias orgânicas da água em uma balsa elétrica já equipada com a espuma.
De acordo com Sérgio, a espuma de grafeno é uma solução sustentável e com custo muito menor em comparação a outras tecnologias já utilizadas.
Além disso, a esponja hidrofóbica também pode ser utilizada para limpeza de locais com derramamento permanente desses produtos, como é o caso de:
- Refinarias;
- Portos;
- Pontos de extração de petróleo.
Novo centro tecnológico
Além do secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro, a cerimônia de apresentação da fábrica também contou com a presença de:
- Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações;
- Representantes da Universidade de Caxias do Sul, que participou do projeto;
- Zextec, empresa que também participou do projeto.
O novo centro será chamado de “Centro Tecnológico Enéas Carneiro”, e será instalado na cidade de Niterói (RJ).
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Fonte: Olhar Digital
Imagem em destaque: Foto/Reprodução Governo do Rio de Janeiro