Cientistas descobrem forma de coletar DNA do ar em investigações criminais
Uma descoberta surpreendente está prestes a mudar o jeito de solucionar crimes. Pesquisadores da Universidade Flinders, na Austrália, estão desenvolvendo um método que promete identificar pessoas por meio do DNA encontrado no ar de ambientes fechados ou nos filtros de aparelhos de ar-condicionado.
Esqueça as técnicas tradicionais como análise de impressões digitais ou fios de cabelo; a ciência forense está avançando para uma era em que até o ar que respiramos pode se tornar uma pista crucial.
O poder do DNA ambiental
O conceito por trás dessa técnica inovadora é o DNA ambiental (e-DNA), uma área do conhecimento que estuda o material genético de organismos presentes em amostras ambientais, seja no ar, na água ou no solo.
Essa abordagem já é utilizada por biólogos para explorar a biodiversidade em locais de difícil acesso, como as profundezas oceânicas.
Descobrindo quem passou por ali
Segundo Emily Bibbo, uma das pesquisadoras envolvidas no estudo, o DNA humano pode ser coletado do ar através de gotículas de saliva expelidas ao falar ou respirar, assim como fragmentos de células da pele.
“Isso nos permite determinar se alguém esteve presente em determinado local, mesmo que tenha tomado precauções para não deixar rastros convencionais como impressões digitais”, explica ela.
A técnica em teste
Publicado na revista Electrophoresis, o estudo demonstrou a viabilidade de identificar pessoas que estiveram em uma sala, analisando tanto o ar quanto o sistema de ar-condicionado.
A pesquisa sugere que o DNA coletado do ar pode revelar quem esteve recentemente no local, enquanto o material genético encontrado nos filtros do ar-condicionado indica a presença de frequentadores mais assíduos ou de longa data.
Um futuro promissor na resolução de crimes
Embora a presença de uma pessoa em um local não seja prova suficiente para determinar a autoria de um crime, essa técnica pode confirmar a presença ou ausência de suspeitos em cenas de crime, e até indicar visitas recorrentes a vítimas de homicídios.
O próximo passo para os cientistas é aprimorar os métodos de coleta de amostras, o que poderá aumentar significativamente a precisão na identificação de criminosos.
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Fonte: Terra