Jovem brasileira treina para ser astronauta nos EUA
Aos 21 anos, Luisa Leão, uma estudante do curso de Engenharia Mecânica da PUC-Rio, interrompeu temporariamente sua graduação para seguir um sonho de infância: se tornar astronauta.
Ela ingressou no International Institute for Astronautical Sciences (IIAS), em Oklahoma, Estados Unidos, após uma oportunidade que surgiu enquanto cursava Engenharia Espacial na University of Oklahoma, por meio de um convênio com a PUC-Rio.
Primeiros passos rumo ao espaço
Desde pequena, Luisa sempre foi fascinada pelo espaço.
Ainda no ensino médio, ela conseguiu uma bolsa de estudos para participar da National Flight Academy, uma academia militar nos EUA, e foi selecionada pela NASA para apresentar um projeto de criação de um campo magnético artificial em Marte.
Projetos na PUC-Rio e o caminho para os EUA
Durante sua graduação na PUC-Rio, Luísa percebeu a ausência de um setor dedicado ao estudo aeroespacial. Em 2020, ela tomou a iniciativa de reunir professores e colegas interessados no tema e fundou o Projeto ARES, focado no desenvolvimento de tecnologias aeroespaciais.
O projeto, que ela continua a liderar remotamente, também criou o NASA Para Todos, oferecendo oficinas e palestras para crianças e adolescentes de comunidades carentes no Rio de Janeiro.
“Eu sei que muitos alunos da PUC têm grande paixão pelo estudo do Universo. O projeto é uma grande oportunidade de inserção profissional na área aeroespacial”, comentou Luísa.
O treinamento no International Institute for Astronautical Sciences
Agora no IIAS, Luísa está passando por um rigoroso treinamento para se preparar para futuras missões espaciais.
O treinamento inclui o uso do traje espacial completo, que é pesado e limita os movimentos, além de testes como o de hipóxia.
Este último simula uma emergência onde o ambiente fica sem oxigênio, testando a habilidade dos estudantes de pilotar uma aeronave sob alta exposição a gás carbônico.
Durante esses testes, Luísa conseguiu conduzir uma aeronave com apenas 61% de oxigênio no sangue, um feito impressionante considerando que 90% já é considerado um nível de risco.
Próximos passos e sonhos para o futuro
Luíisa foi aceita na Força Aérea dos Estados Unidos, onde começará seu treinamento para se tornar piloto de caças.
Seus planos incluem concluir sua formação nos EUA, retornar ao Brasil para finalizar sua graduação na PUC-Rio, e posteriormente iniciar um mestrado em Engenharia Aeroespacial na University of Oklahoma.
Luisa sonha em participar da primeira missão tripulada a Marte. “A humanidade já foi muito longe chegando à Lua. Porém, no momento em que colonizarmos Marte, nos tornaremos uma população interplanetária e reduziremos significantemente o risco de extinção da nossa espécie,” disse ela.
As informações são da CNN.
Leia mais:
- Brasileiros são homenageados pela NASA por pesquisa de painéis solares flexíveis
- Homem contata astronauta da Estação Espacial Internacional usando antena caseira
- Cosmonauta russo bate recorde de quase 3 anos no espaço