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Maior imã do mundo já está pronto para ser usado em fusão nuclear igual das estrelas

Maior imã do mundo já está pronto para ser usado em fusão nuclear igual das estrelas

O maior imã do mundo, o Internacional Thermonuclear Experimental Reactor (ITER), está pronto para ser usado em fusão nuclear, igual a das estrelas.

A empresa responsável pela criação do Solenoide Central, o imã mais poderoso já construído, é a General Atomics, que levou aproximadamente uma década de projeto e fabricação.

Recentemente foi divulgado que o primeiro módulo do Solenoide Central se tornará um componente central do ITER, com seis módulos.

O ITER foi projetado para replicar o mesmo poder de fusão nuclear das estrelas, provando que a energia da fusão do hidrogênio pode ser criada e controlada em nosso planeta.

O projeto conta com a colaboração de diversos países, como:

Solenoide Central

O imã mais poderoso da General Atomics deverá ter 18 metros de altura e 4,25 metros de largura, pesando aproximadamente 1000 toneladas.

A força magnética somente do Solenoide Central pode levantar um porta-aviões 2 metros no ar, e em seu núcleo, deverá atingir uma força de campo 280.000 vezes mais forte do que o campo magnético da Terra.

Ele será o responsável por induzir uma poderosa corrente de plasma no interior do reator, conhecida como tokamak, ajudando a moldar e a controlar a reação de fusão.

O primeiro módulo será embarcado no navio dos Estados Unidos para a França, enquanto o segundo módulo ficará pronto este mês.

Maior imã do mundo conta com processo complexo

Para o ITER funcionar, será preciso que uma pequena quantidade de gás deutério e trítio seja injetada no tokamak (uma câmara de vácuo em forma de anel).

Todo hidrogênio é aquecido até se tornar um plasma ionizado, que então é confinado e moldado pelos imãs supercondutores.

Quando 150 milhões de graus Celsius são atingidos pelo plasma, uma quantidade pequena de massa é convertida em uma grande quantidade de energia, conforme os átomos de hidrogênio vão se fundindo.

Os neutros de ulta-alta energia que são produzidos pela fusão então escapam do campo magnético, atingindo as paredes de metal do tokamak.

A energia é transmitida para as paredes na forma de calor, que é convertida em vapor pela água que circula nas paredes da câmara.

Em um reator comercial, esse vapor aciona turbinas para produzir eletricidade, enquanto alguns nêutrons reagem com o lítio das paredes do tokamak para criar mais combustível de trítio para a fusão.


Fonte: Inovação Tecnológica

Imagem em destaque: Foto/Reprodução General Atomics