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Pegadas humanas de 23 mil anos descobertas nos EUA surpreendem cientistas

Pegadas humanas de 23 mil anos descobertas nos EUA surpreendem cientistas

Pegadas humanas de 23 mil anos foram descobertas em um lago que faz parte do Parque Nacional de White Sands, no estado do Novo México.

As pegadas foram formadas em uma lama macia nas margens do lago, e foi realizada a datação do carbono de camadas de sedimentos acima e abaixo das pegadas.

Quem realizou a datação foi o Serviço Geológico dos Estados Unidos, trazendo a revelação que as pegadas são de 21 a 23 mil anos atrás.

Como resultado, os humanos teriam chegado às Américas pelo menos 7 mil anos antes do que o estimado, impactando diretamente em quando o continente teria sido povoado.

Pegadas humanas de 23 mil anos seriam de adolescentes ou crianças

Segundo o tamanho das marcas encontradas, os pesquisadores acreditam que sejam de adolescentes ou crianças que iam e vinham.

Em algumas dessas vezes, seriam acompanhadas de um adulto, porém não sabe exatamente o que essas pessoas estariam fazendo.

Alguns cientistas acreditam que as crianças/adolescentes estariam ajudando os adultos em uma modalidade de caça conhecida como “salto de búfalo”, em que animais selvagens são conduzidos até um despenhadeiro.

Para os cientistas, as crianças ou adolescentes podem ter ajudado a coletar água, lenha ou outros suprimentos.

Complicações enfrentadas pela equipe

De acordo com a publicação científica no Science, uma complicação potencial foi encontrada logo nos estágios iniciais da revisão da descoberta.

A complicação foi o “efeito reservatório”, que é a forma com que o carbono antigo, às vezes, pode ser reciclado em ambientes aquosos.

Assim, há uma interferência nos resultados do radiocarbono, fazendo com que um local pareça mais antigo do que ele realmente é.

No entanto, os pesquisadores afirmam que investigaram a possibilidade e que ela não é significativa neste caso.

De acordo com Tom Higham, professor e especialista em datação por radiocarbono da Universidade de Viena, os pesquisadores fizeram algumas verificações nas datas do material próximo ao local da pegada.

Como resultado, descobriram que amostras totalmente terrestres (carvão) foram capazes de produzir idades semelhantes às do material aquático, que datavam de mais perto das pegadas.

Além disso, o lago também deveria ser raso naquela época, mitigando o impacto dos efeitos do reservatório introduzidos por antigas fontes de carbono.

A conclusão provisória é que as pegadas sugerem que os humanos haviam chegado ao interior da América do Norte no auge da última Era do Gelo, um fator importante para a história da população das Américas.


Fonte: G1

Imagem em destaque: Foto/Reprodução Bournemouth University via BBC