Enquanto a humanidade se prepara para os próximos grandes saltos na exploração espacial, Rússia e China estão explorando um conceito ambicioso: estabelecer uma usina de energia nuclear na Lua.
Esta colaboração visa prover energia sustentável para futuros assentamentos lunares, enfrentando o desafio de fornecer eletricidade onde os painéis solares podem não ser suficientes.
Yuri Borisov, líder da agência espacial russa Roscosmos, destacou a expertise da Rússia em “energia espacial nuclear” como uma contribuição chave para o projeto.
De acordo com ele, a construção dessa usina está prevista para ser concluída até 2035, prometendo uma solução para o fornecimento energético em bases lunares.
Desafios e soluções
A necessidade de uma alternativa aos painéis solares é clara, dada a insuficiência destes para suprir todas as necessidades energéticas de uma colônia na Lua.
Borisov enfatizou a complexidade de tal empreendimento, que requereria operações automatizadas, sem dependência de intervenção humana.
Além disso, a Rússia também está desenvolvendo uma espaçonave de carga movida a energia nuclear, resolvendo quase todos os problemas técnicos exceto o resfriamento do reator, segundo relatos.
Fortalecimento da parceria Russo-Chinesa no espaço
Este projeto nuclear lunar surge no contexto de uma parceria crescente entre Rússia e China em questões espaciais e de segurança.
Recentemente, as duas nações discutiram a utilização de “armas de IA” e a segurança espacial, evidenciando uma troca profunda de visões sobre o uso de tecnologia de IA, conforme mencionado pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Questões de segurança nacional e respostas internacionais
A colaboração russo-chinesa ocorre em meio a preocupações internacionais sobre a militarização do espaço. Recentemente, alegações sobre as ambições da Rússia de desenvolver capacidades anti-satélites com energia nuclear levantaram alarmes nos Estados Unidos, com o Comitê de Inteligência da Câmara dos EUA destacando essas ações como uma ameaça à segurança nacional.
Enquanto isso, a Rússia nega essas alegações, com oficiais russos classificando os alertas dos EUA como uma tentativa de angariar mais financiamento para Washington, e o presidente Vladimir Putin rejeitando as advertências como um pretexto para negociações de armas favoráveis ao Ocidente.
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Fonte: Interesting Engineering