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Sinais de vida são descobertos em rubi de 2,5 bilhões de anos

Sinais de vida são descobertos em rubi de 2,5 bilhões de anos

Sinais de vida foram descobertos em um rubi de 2,5 bilhões de anos, sendo uma das pedras preciosas mais antigas no mundo.

A pesquisa publicada na revista Ore Geology Reviews foi feita por pesquisadores da Universidade de Waterloo, que buscavam analisar a composição de algumas pedras preciosas.

Os pesquisadores se depararam com o resíduo de carbono puro (grafite), preservado em um rubi com a idade de 2,5 bilhões.

De acordo com os cientistas, o material encontrado no rubi é provavelmente o bioindicador de uma forma de vida muito antiga.

Essa forma de vida existiu antes dos organismos mais complexos e multicelulares aparecerem na Terra.

Rubi de 2,5 milhões de anos traz grafite único

Segundo o geólogo Chris Yakymchuk, principal autor do estudo, os resíduos encontrados seriam restos de algum microrganismo unicelular, que viveu antes dos organismos multicelulares mais complexos.

O autor também informou que o grafite encontrado dentro do rubi é único, sendo a primeira vez em que há evidências de vida antiga em rochas com rubi.

Devido ao grafite encontrado no rubi, os cientistas deverão encontrar pistas quanto a formação da pedra naquele local, o que não seria possível determinar apenas pela cor e composição química.

Yakymchuk buscava entender mais sobre os processos de formação do coríndon (composto por óxido de alumínio cristalizado) em rubis da Groenlândia.

Em uma das amostras encontradas dentro de um dos depósitos mais antigos já conhecidos deste mineral, houve a detecção do grafite.

Esta forma de carbono puro pode se formar através do processo biológico ou pelos processos químicos e físicos, sendo preciso analisar o isótopo de carbono presente para identificar sua origem.

O carbono-14 se forma naturalmente na atmosfera, sendo o mais comum usado para a datação de materiais físicos, enquanto o carbono-12 é o mais abundante em seres vivos.

Durante a pesquisa, a equipe descobriu que o grafite presente era o carbono-12, com uma quantidade que indicava origem orgânica.

Segundo o geólogo, a conclusão é que os átomos de carbono já foram vidas antigas, provavelmente microrganismos mortos, como por exemplo, as cianobactérias.


Fonte: Canaltech

Imagem em destaque: Foto/Reprodução Universidade de Waterloo