A Tesla firmou um acordo para comprar o níquel do Brasil, o sétimo maior produtor mundial, devido a guerra, que causou uma crise no suprimento de níquel.
A crise é causada pelo embargo ao terceiro maior produtor mundial de níquel, um metal semiprecioso que é mais caro que o cobre, considerado raro fora dos sete maiores países produtores.
No caso da Tesla, a bateria de íon de lítio utilizada em seus carros elétricos, é composta por um composto químico (óxido) que é formado por:
- lítio;
- níquel;
- manganês;
- cobalto.
A empresa norte-americana de Elon Musk realizou um acordo da compra de níquel com a Vale, que também é a maior empresa do Brasil em capitalização, responsável por minerar níquel no Brasil, na Indonésia e no Canadá.
Como resultado, o acordo foi firmado recentemente, segundo a Bloomberg, que afirmou que a Tesla já estava procurando novos fornecedores desde o ano passado (2021).
Saiba mais sobre o acordo do níquel do Brasil
A “desistência” da empresa devido ao embargo também e a procura de novos fornecedores se dá também devido ao preço do material, que já estava subindo há algum tempo, mesmo antes da guerra.
Após o começo da invasão da Ucrânia, o valor do níquel chegou a ultrapassar US$ 100.000 por tonelada, custando aproximadamente cinco vezes mais em comparação ao cobre.
Na lista de maiores produtores mundiais, o primeiro lugar pertence a Indonésia, seguido das Filipinas e então a Rússia, que possui a maior empresa produtora de níquel, a Nornickel.
Bateria própria
Há alguns anos a Tesla está tentando desenvolver sua própria tecnologia, uma vez que a atual tecnologia que está sendo utilizada foi criada pela Panasonic.
A empresa de Musk está desenvolvendo a bateria de nióbio, um metal que o Brasil possui quase o monopólio, sendo também uma bateria de íon de lítio, mas que substitui o níquel por nióbio.
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Fonte: Olhar Digital
Imagem em destaque: Foto/Reprodução Shutterstock/Zigres