O Reino Unido marcou um importante passo para o futuro da navegação com a realização do primeiro voo utilizando tecnologia quântica.
Esse avanço pode ser uma alternativa ao sistema de navegação tradicional conhecido como GPS, que, apesar de ser amplamente utilizado em carros, navios e aviões, tem suas vulnerabilidades.
Entendendo o GPS e suas limitações
O GPS, ou Sistema Global de Posicionamento, opera através da triangulação de sinais de mais de 20 satélites que orbitam a Terra.
Essa tecnologia, no entanto, enfrenta problemas como a perda de sinal e a possibilidade de bloqueio ou falsificação de sinal, uma vez que depende de satélites operados por terceiros e emite baixa energia.
A inovação da navegação quântica
Para contornar essas falhas, o Reino Unido testou um sistema de navegação quântica que utiliza um conjunto de átomos resfriados a -273°C dentro da própria aeronave.
Essa abordagem permite que o sistema seja imune a interferências externas, oferecendo uma precisão superior na determinação da direção e aceleração do avião. Os testes foram realizados com a colaboração da empresa de tecnologia quântica Infleqtion e as empresas aeroespaciais BAE Systems e QinetiQ.
Desafios e perspectivas futuras
Apesar do sucesso dos testes, que foram os primeiros do tipo a serem divulgados publicamente, a tecnologia quântica ainda enfrenta desafios significativos antes de ser amplamente adotada.
Henry White, da equipe da BAE Systems, destacou o teste como um marco importante, mas lembrou que a tecnologia ainda é cara, pesada e volumosa, o que dificulta sua aplicação rotineira em aeronaves comuns.
A expectativa é que possa levar pelo menos uma década para que o navegador quântico seja uma alternativa viável ao GPS. Até lá, pode servir como um sistema de backup eficaz para situações em que o GPS falhe.
O futuro é quântico?
Embora o futuro da tecnologia quântica na navegação ainda seja incerto e esteja repleto de desafios técnicos e econômicos, o potencial para que se torne o método predominante de navegação é uma possibilidade animadora, porém, distante.
Como a maioria das inovações tecnológicas, a adoção em massa dependerá de melhorias significativas na praticidade e nos custos da tecnologia.
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Fonte: Olhar Digital