O sol artificial alemão, conhecido como stellarator Wendelstein 7-X, atingiu 30 milhões de graus Kelvin, dobrando a temperatura do nosso Sol.
A tecnologia é baseada nos mesmos processos que ocorrem no interior das estrelas, assim como outros reatores de fusão nuclear.
O principal objetivo da tecnologia é fornecer energia limpa e quase infinita, porém para que isso ocorra, os reatores precisam de altas temperaturas, ter o tempo de confinamento ideal e também a densidade certa.
Sol artificial alemão traz bons resultados
Além de dobrar a temperatura do Sol, o stellarator Wendelstein 7-X também trouxe mais um ótimo resultado: manteve o calor confinado.
No caso dos reatores de fusão nuclear stellarators, há a complexidade da configuração de ímãs, que são mapeados por inteligência artificial.
Esse evento gera o “transporte neoclássico”, isto é, um vazamento de calor devido ao espalhamento do plasma para fora do reator, que também ocorre em tokamaks, porém em escala menor.
No entanto, segundo o novo artigo publicado na Nature, o sol artificial alemão conteve calor e isso foi possível devido à redução no efeito do transporte neoclássico.
Houveram leituras realizadas pelo espectrômetro X-ray imaging crystal spectrometer (XICS) e também medições de espectroscopia de recombinação de troca de carga (CXRS).
Segundo a equipe, atingir quase 30 milhões de graus Kelvin só seria possível se houvesse uma redução significativa do transporte neoclássico.
Futuro do projeto
Apesar de ser um ótimo resultado e um avanço na tecnologia, ainda há mais trabalhos a serem realizados pela frente.
Entre eles, está em conseguir fazer com que os reatores de fusão nuclear gerem mais energia do que consomem para funcionar.
Esse futuro está próximo, uma vez que essa tecnologia é estudada em todo o mundo e sofre com constantes avanços.
Fonte: Canaltech
Imagem em destaque: Foto/Reprodução Bernhard Ludewig/Instituto Max Planck de Física do Plasma