Desenvolvido por estudantes da ETH Zurich, o robô SpaceHopper está se preparando para transformar a exploração de asteroides.
Esse projeto ambicioso utiliza um design de três pernas e uma rede neural treinada em Deep Reinforcement Learning (aprendizado por reforço profundo) para mover-se em ambientes com gravidade extremamente baixa.
Design e funcionalidade
O SpaceHopper é leve, pesando apenas 5,2 quilogramas e medindo 245 mm de corpo. Utiliza suas três pernas não apenas para saltar mas também para realinhar-se no ar, preparando-se para os pousos.
Isso elimina a necessidade de giroscópios ou volantes de inércia, comuns em outros veículos espaciais, permitindo que o robô sempre aterrisse de pé.
O time utilizou Deep Reinforcement Learning (aprendizado por reforço profundo) para regular os movimentos das pernas, permitindo que o robô execute saltos e estabilize-se durante o voo.
Ele pode se mover com precisão por grandes áreas, uma habilidade essencial para navegar no terreno irregular e na gravidade baixa dos asteroides. Esta capacidade proporciona um controle de atitude preciso durante o voo e uma locomoção eficiente.
Testes promissores e futuras missões
Os estudantes testaram o robô em um voo parabólico, proporcionado pela Agência Espacial Europeia (ESA), que simula a gravidade zero.
Durante o voo, o robô demonstrou a capacidade de saltar até 6 metros sob a simulação de gravidade de 0,029g de Ceres, realinhando-se para um pouso dentro de 9,7 graus de precisão.
Esse teste é crucial, pois oferece uma prévia de como o SpaceHopper poderia operar em condições reais de espaço, como na superfície de um asteroide. Com essas capacidades, o robô não só pode realizar pousos controlados mas também transportar cargas úteis científicas, aumentando significativamente o potencial para futuras missões de exploração.
De acordo com os desenvolvedores, o SpaceHopper abre uma nova gama de oportunidades para missões que requerem navegação precisa e coleta de dados em ambientes de baixa gravidade.
Este projeto foi detalhado em um artigo publicado na revista arXiv e marca um passo significativo para a locomoção controlada por salto em missões espaciais.
Leia mais:
- EUA inaugura primeiro posto de hidrogênio para caminhões pesados
- Japão desenvolve o primeiro dispositivo 6G do mundo, 20 vezes mais rápido que 5G
- Pedaço de estação espacial cai em casa na Flórida
Fonte: Interesting Engineering