Primeira fábrica flutuante movida a energia solar no mundo irá circular pelos rios do Brasil
A primeira fábrica flutuante, conhecida como “Balsa-Açaí”, é movida a energia solar e deverá circular pelos rios do Brasil, industrializando açaí.
Atualmente a fábrica em está em suas últimas fases de desenvolvimento, com um investimento total do projeto estimado em cerca de R$ 20 milhões.
O projeto pertence ao Transportes Bertolini, contando a estrutura coberta por 675 painéis solares, que cobrem a estrutura de 2 mil metros quadrados.
A fábrica deverá circular nas calhas dos rios:
- Solimões;
- Japurá;
- Juruá;
- Purus;
- Madeira.
Primeira fábrica flutuante conta com sistema de armazenamento BYD
O projeto contou com o sistema de armazenamento da fabricante de baterias brasileiras BYD, ao utilizar 64 unidades B-Box, usados em sistema soff-grid com capacidade de 883 kWh de armazenamento.
A balsa deverá processar por dia:
- 20 toneladas de frutos;
- 12 toneladas de polpa congelada;
- 300 toneladas na câmara frigorífica (armazenamento).
Parte da energia que é gerada pelos painéis solares é usada para alimentar a fábrica, enquanto o resto é armazenado em baterias.
Nessas baterias, também é somado à energia que é produzida por geradores complementares a diesel, onde devem ser utilizadas posteriormente.
De acordo com Marcelo Taborda, gerente de vendas da BYD, trata-se de uma conquista mundial inédita para o setor fotovoltaico e para o setor de armazenamento.
Segundo Taborda, esse é o maior projeto da BYD com baterias de lítio b-box off-grid de todo o mundo.
Impactos do projeto
A estrutura também conta com uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), responsável por tratar 15 mil litros de rejeito por hora.
Além disso, a água devolvida ao rio será de qualidade superior, em comparação à água captada para utilização na fábrica.
Com o projeto, também haverá um aumento da renda das comunidades ribeirinhas em até 300%, alcançando R$ 5 milhões anuais.
Entre outros benefícios está a criação de 50 empregos diretos, além da compra do açaí direto dos fornecedores dessas comunidades, eliminando a necessidade de um atravessador.
Fonte: Ciclo Vivo
Imagem em destaque: Foto/Reprodução BYD