Cientistas do laboratório Brookhaven utilizaram fórmula de Einstein para criar matéria a partir da luz pela primeira vez na história.
O estudo foi publicado pelos cientistas no Physical Review Letters, com base na equação mais conhecida da física, criada em 1905: o “E = m.c²”.
Segundo a equação do famoso físico, quando dois fótons (partículas de luz) estão suficientemente carregadas e são arremessadas uma contra a outra, é possível criar matéria na forma de um elétron e um pósitron.
Problemas enfrentados ao utilizar a fórmula de Einstein
A fórmula para criar matéria a partir da luz já estava sendo estudada desde 1934, pelos físicos Gregory Breit e John Wheeler.
Na época, os físicos enfrentaram o maior problema para criar matéria que persiste até hoje: os fótons devem ser raios gama muito energizados.
Atualmente, ainda não é possível criar através do método de “choque de fótons”, mas Breit e Wheeler sugeriram a alternativa de utilizar íons.
De acordo com o pesquisador do laboratório Brookhaven, Zhangbu Xu, a alternativa apresentada pelos físicos na aceleração de íons pesados é o que a equipe está fazendo atualmente.
RHIC
O “RHIC” é a sigla em inglês para “Colisor Relativo de Íons Pesados”, onde a velocidade dos íons foi aumentada até que passassem um perto do outro.
Quando os íons são acelerados, eles se movem a uma velocidade próxima da luz, gerando assim um campo eletromagnético ao seu redor.
Nesse campo eletromagnético, estão os “falsos fótons”, que apesar de não serem os fótons “originais” do plano de Einstein, chegam a um resultado próximo.
Os pesquisadores os chamam de “fótons virtuais”, uma vez que somente “existem” por um breve momento.
No experimento feito pelos pesquisadores do laboratório, quando os íons passavam perto um do outro sem colidir, as “nuvens” magnéticas com os fótons virtuais estavam velozes ao ponto de agir como se fossem reais.
Quando essa simulação ocorreu, onde os fótons virtuais se colidiram e produziram um par elétron-pósitron detectável.
Os cientistas afirmaram que os níveis de energia medidos são consistentes com estimativas posicionadas pela equação de Einstein.
Desse modo, a “simulação” em que os fótons virtuais agiam como reais, também chegaram próximos aos números que seriam atingidos por fótons de verdade.
Fonte: Olhar Digital
Imagem em destaque: Foto/Reprodução Jurik Peter/Shutterstock