A empresa FURNAS está desenvolvendo uma inovação no sistema de geração de energia solar heliotérmica.
O sistema está sendo desenvolvido no Centro Tecnológico de Engenharia Civil da própria empresa, em Aparecida de Goiânia (GO), por profissionais da Gerência de Serviços e Suporte Tecnológico e também da Gerência de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica.
O estudo faz parte do projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, a fim de desenvolver o primeiro coletor heliotérmico brasileiro.
O projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação conta com mais de R$ 7,5 milhões de investimentos, a fim de que seja construída uma usina termossolar para geração de 1MW de energia elétrica.
O estudo provém de uma parceria de FURNAS com a Eudora Energia, contando também com a participação do Cepel.
Atualmente a Eudora Energia já desenvolve tecnologias na área de energias renováveis e de eficiência energética, sendo a responsável pelo projeto de usinas termossolares que serão implantadas pela Eletrosul e Cesp.
Furnas e as usinas termossolares
A energia termossolar é feita com espelhos parabólicos, capazes de refletir a luz do sol e a concentrar em um único ponto. Assim, o calor acumulado é utilizado para aquecer um fluido, onde o vapor movimenta as turbinas da usina e aciona o gerador.
Como resultado, a energia elétrica é produzida, e em uma usina termossolar com 1MW, seria possível abastecer aproximadamente 1.000 residências.
Segundo Renato Cabral, gerente do Centro Tecnológico de Engenharia Civil de FURNAS, ainda não existe nenhuma estrutura desse tipo à venda ou instalada no Brasil.
Desenvolvimento de um coletor nacional
Sendo assim, o primeiro foco da Furnas é desenvolver um coletor brasileiro para a geração termossolar (SCE), que seja do tipo Calha Cilindro-Parabólica.
O coletor SCE (Solar Collector Element) é o menor elemento dentro do campo solar, em uma usina desse tipo, sendo formado por poucos itens:
- tubo absorvedor;
- sistema de rastramento;
- estrutura de sustentação;
- espelho cilindro-parabólico;
- conexões;
- juntas.
Após os testes que devem ser realizados, a empresa irá verificar a viabilidade da implantação desse sistema inédito em larga escala, além da comercialização para outras empresas interessadas.
De acordo com Moacir Andrade, engenheiro de FURNAS e coordenador do projeto de P&D, os protótipos do coletor devem ser construídos ainda entre maio e novembro deste ano.
Após o protótipo estar concluído, há expectativas de que no início de 2022 seja possível começar a fase de testes.
Imagem em destaque/Crédito: Wender Lucas
Fonte: Furnas