Cientistas na Suécia desenvolveram um novo tipo de músculo artificial feito de celulose que promete desempenhar um papel significativo no campo da robótica mole. Este músculo artificial de celulose é feito de um hidrogel composto por nanofibras de celulose e uma pequena quantidade de nanotubos de carbono que funcionam como condutores elétricos para controlar seus movimentos.
A principal característica desse músculo é seu mecanismo de ação. Enquanto músculos robóticos tradicionais expandem-se usando ar ou líquidos pressurizados, esse músculo de celulose infla devido ao movimento da água em seu interior, ativado por pulsos eletroquímicos. Ele pode expandir, contrair e mudar de forma conforme necessário, tudo controlado por pulsos elétricos de baixa tensão (menos de 1 volt).
A resistência desse material vem de suas nanofibras orientadas na mesma direção, semelhante à estrutura da madeira. Esses músculos artificiais são notavelmente fortes e têm uma força impressionante de expansão. Um pedaço pequeno de 15 x 15 cm, quando acionado eletricamente, conseguiu levantar um carro de 2 toneladas.
Os pesquisadores descrevem esses músculos como atuadores eletroquímicos osmóticos de hidrogel, que imitam o modo como as plantas crescem usando forças eletroquímicas controladas. Além de seu potencial na robótica, esses músculos podem ser usados na fabricação de membranas eletroajustáveis para separar ou distribuir moléculas e medicamentos em dispositivos médicos e laboratoriais.
Embora atualmente sejam usados principalmente em dispositivos menores, como válvulas e interruptores microfluídicos, esses músculos de celulose podem ter um impacto significativo na robótica, na indústria médica e em diversas outras áreas.
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Fonte: Inovação Tecnológica