Devido a um aumento de matéria que está vindo das profundezas da crosta terrestre, o Atlântico está se expandindo e a África está se afastando.
A pesquisa foi feita por cientistas das Universidades de Southampton e de Oxford, no Reino Unido e publicada na revista científica Nature.
Segundo os cientistas, os continentes da América do Norte e também do Sul estão sendo empurradas para mais longe da África e da Europa, e a comprovação está em suas placas tectônicas, que estão se distanciando aproximadamente quatro centímetros por ano.
Já na cadeia do Atlântico Médio, novas placas são formadas e há a linha divisória entre essas placas, que é capaz de se mover para o leste e o oeste.
O Atlântico está se expandindo e isso é um mistério para os cientistas
Esse processo de afastamento é normalmente impulsionado por forças da gravidade que estão distantes, conforme as partes densas das placas vão afundando de volta na Terra.
Apesar de todo processo ter uma razão, o fato do Atlântico estar se expandindo ainda não conta com uma explicação, visto que não é cercado por placas densas e nem profundas.
Isto é, não há uma força motriz que está por trás da separação dessas placas atlânticas, sendo um grande mistério para os cientistas.
Ressurgência no manto
De acordo com a equipe de sismólogos do estudo, também foi encontradas evidências de uma ressurgência no manto que está a mais de 600 km abaixo da cordilheira do Atlântico Médio.
Essa ressurgência também pode estar empurrando as placas tectônicas para baixo, o que faria com que os continentes se afastassem ainda mais que o esperado.
Essas descobertas ajudaram os cientistas a entender mais sobre as placas tectônicas e a desenvolver modelos e sistemas de alerta para desastres naturais.
Além disso, também ajudam nas estimativas de mudanças climáticas em escalas de tempo geológicas, visto que as placas impactam também nos níveis do mar.
Como a descoberta foi feita
Os cientistas das Universidades de Southampton e de Oxford realizaram observações em uma visão de 10 semanas no mar do Oceano Atlântico.
Lá, eles obtiveram variações na estrutura do manto da Terra em profundidades próximas de 410 km e 660 km.
De acordo com o líder da pesquisa, Matthew Agius, os resultados tiveram observações nunca vistas antes, sendo capazes de lançar uma nova luz na compreensão de como o interior da Terra está conectado com as placas tectônicas.
Fonte: O Meio Norte e Revista Galileu
Imagem em destaque: Imagem/Reprodução PI Lab