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Descoberta em cavernas de Minas Gerais reforçam tese de que estado já teve mar

Descoberta em cavernas de Minas Gerais reforçam tese de que estado já teve mar

Mais uma descoberta em cavernas de Minas Gerais reforça a tese de que estado já teve mar, com vestígios preservados entre 1.000 milhões de anos e 541 milhões de anos.

As cavernas em Coromandel abrigam icnofósseis da Era Neoproterozóica, que foram descobertos por um grupo de estudantes da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Os icnofósseis que foram identificados são chamados de estromatólitos, que ocorre em um ambiente marinho.

De acordo com Marco Antonio Delinardo da Silva, docente de Geologia e um dos coordenadores das pesquisas, a tese em que o mar já esteve presente na região é mais uma vez reforçado.

“Nós reconhecemos o ambiente onde estes organismos vivos ocorreram no passado por meio de análogos modernos, como os estromatólitos que ocorrem nas praias de Shark Bay, no extremo oeste da Austrália”

Marco Antonio Delinardo da Silva

Para o geólogo, a descoberta também é importante para compreender os eventos geológicos que ocorreram na região no passado.

Descoberta em cavernas de Minas Gerais foi feita pelo GAPE

O Grupo Alto Paranaíba de Espeleologia (GAPE) é formado por alunos do curso de graduação em Geologia, no Campus Monte Carmelo da UFU.

No ano passado (2020), o grupo conseguiu um fomento da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) para desenvolver o projeto “Desvendando o Patrimônio Espeleológico do Extremo Sul do Grupo Vazante”.

Além disso, a prefeitura também concedeu apoio ao espeleogrupopara a realização das atividades de campo.

As atividades preveem não só a validação e prospecção, como também a caracterização e o mapeamento das feições cársticas que estão presentes no município.

As atividades estão sendo realizadas desde junho do ano passando, e se estenderão pelo mês de julho deste ano.

Grutas de Coromandel

Os pesquisadores afirmaram que a Gruta do Urubo é a menor das cavidades naturais que foram documentadas e cartografadas, segundo as medições já realizadas.

São cerca de 48 metros de desenvolvimento em seu conduto principal, que então dá acesso aos pequenos salões da caverna.

Segundo Delinardo, já a maior cavidade é a Gruta do Ronan, em que a exploração dos condutos e salões ainda está em andamento.

A elaboração das plantas e perfis da gruta também ainda está em andamento. Para o pesquisador, em breve será possível saber mais sobre a dimensão desta gruta.


Fonte: G1

Imagem em destaque: Foto/Reprodução GAPE