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Documentos revelam 60 anos depois, tensão no voo espacial russo

Voo espacial russo enfrentou diversos problemas

Segundo documentos confidenciais que foram recentemente revelados, houve uma tensão no voo espacial russo em 12 de abril de 1961, na sonda Vostok-1.

Yuri Gagarin foi o primeiro ser humano a viajar pelo espaço e retornar com segurança para nosso planeta, apesar de enfrentar diversos problemas.

Tudo começou na própria preparação da nave e de duas missões anteriores, que foram realizadas com cachorros e encontraram mais de 70 anomalias que foram ignoradas pelo comando da missão.

Voo de 106 minutos enfrentou diversos problemas

O voo espacial da Rússia começou uma falha nas válvulas de um dos estágios do foguete Soyuz, o que colocou a nave em uma órbita bem mais alta que o esperado.

O perigeu atingindo 327 quilômetros de altitude, fazendo com que a a Vostok-1 fosse 97 quilômetros além do que era esperado.

A Vostok-1 estava preparada com mantimentos para 10 dias, tempo em que, caso o retrofoguete não funcionasse, deveria reentrar naturalmente na atmosfera.

No entanto, com a órbita 97 quilômetros além do esperado, não levaria somente uma semana para reentrar, e sim um mês.

Como resultado, Gagarin não iria conseguir sobreviver esse tempo todo no espaço, visto que os mantimentos durariam somente 10 dias.

Voo espacial russo contou com falha no retrofoguete

Apesar do retrofoguete funcionar, uma falha em uma outra válvula também fez que com que o retrofoguete fosse acionado por mais alguns segundos além do que era planejado.

Assim, o pouso ocorreu fora do local planejado, além de ocasionar uma falha no sistema de ejeção da cápsula de reentrada, que deveria ocorrer após o desligamento do retrofoguete.

Sem o vazamento do gás do sistema de ejeção, um giro da espaçonave ocorreu, e o módulo de instrumentos se desprendeu no início da reentrada sem causar danos.

A aerodinâmica da passagem atmosférica estabilizou a cápsula no momento mais intenso do retorno e criou uma bolha de plasma em torno da cápsula, fazendo com que se tornasse um “meteoro”.

Ejeção da nave

Por fim, ao atingir 7 quilômetros de altitude, o russo se ejetou da nave, onde deveria pousar com o paraquedas sem surpresas.

No entanto, o cabo que ligava o cosmonauta a uma bolsa de suprimentos se rompeu e uma falha no acionamento também fez com que o paraquedas reserva se abrisse parcialmente junto com o principal.

Além disso, segundo um dos documentos, o chefe da missão relata que Gagarin, pasmem, não havia treinado saltos de paraquedas naquelas condições.


Fonte: Olhar Digital

Imagem em Destaque: Federação Russa