Artefatos de pedra de 9 mil anos foram encontrados por um arqueólogo subaquático durante um mergulho no Lago Huron.
Os itens encontrados no lago, localizado em Michigan, nos Estados Unidos, deviam pertencer a caçadores, no fim da última era glacial.
Na época, os níveis de água do Lago Huron eram muito mais baixos que atualmente, uma vez que foram encontrados indícios de paredes de pedra e áreas de caça a 30 metros de profundidade.
Artefatos de pedra de 9 mil anos foram descritos no PLOS ONE
No jornal científico, a descoberta foi relatada por especialistas da Universidade do Texas, da Universidade do Missouri, da Universidade da Geórgia e da Universidade do Michigan.
Segundo os cientistas, os artefatos são de rocha obsidiana, uma pedra rara que é feita de vidro vulcânico.
“Visto que a obsidiana tem assinaturas químicas únicas e identificáveis, ela desempenhou um papel importante na documentação e análise de antigas redes de troca em lugares tão diversos como o Ártico, o Mediterrâneo Oriental, o Sudeste Asiático e o México”
Estudo publicado no PLOS ONE
As ferramentas de pedra encontradas são um indício das conexões sociais, que ocorreram em toda a América do Norte.
Segundo Ashley Lemke, coautora do estudo, são peças pequenas, mas com grandes histórias para contar, uma vez que a obsidiana é raramente achada hoje em dia.
Artefatos deviam fazer parte de um amplo comércio de materiais
Para os pesquisadores, os artefatos de pedra de 9 mil anos deviam fazer parte de um amplo comércio de materiais, e são os mais antigos e distantes achados de obsidiana dos Estados Unidos.
Tais artefatos teriam origem em uma área geológica no estado de Oregon, a aproximadamente 4 mil quilômetros de onde foram encontrados.
De acordo com Lemke, esta é uma descoberta que mostra a importância da arqueologia subaquática, que conta com uma ótima preservação:
“A preservação de antigos locais subaquáticos é incomparável em terra, e esses lugares nos deram uma grande oportunidade de aprender mais sobre os povos do passado.”
Ashley Lemke
Fonte: Revista Galileu
Imagem em destaque: Foto/Reprodução Universidade do Texas