Conhecido como PV-leaf (folha fotovoltaica, em português), esse novo projeto desenvolvido por pesquisadores do Imperial College London promete revolucionar a geração de energia solar fotovoltaica e a produção de água potável. Essa folha bioinspirada que gera mais energia do que painéis solares teve o design inspirado em folhas, utiliza materiais de baixo custo e pode se tornar uma referência para futuras tecnologias de energia renovável.
Estudos demonstraram que as folhas fotovoltaicas têm a capacidade de gerar mais de 10% de eletricidade em comparação com os convencionais painéis solares, que perdem até 70% da energia solar incidente para o ambiente. Além disso, essa inovação pode potencialmente produzir mais de 40 bilhões de metros cúbicos de água doce por ano até 2050, caso seja implantada com eficiência.
Benefícios e potencial
A folha artificial foi projetada para eliminar a necessidade de equipamentos caros como bombas, ventiladores e unidades de controle. Além disso, ela pode gerar energia térmica e se adaptar a diferentes condições solares, suportando variações de temperatura ambiente.
O impacto da folha bioinspirada que gera mais energia do que painéis solares é notável, conforme afirmou o Dr. Gan Huang, Pesquisador Honorário no Departamento de Engenharia Química e autor do estudo: “Este design inovador tem um potencial tremendo para melhorar significativamente o desempenho dos painéis solares, ao mesmo tempo em que garante custo-efetividade e praticidade.”
Imitação inteligente
A PV-leaf foi inspirada nas folhas reais e imita o processo de transpiração das plantas, permitindo o movimento e evaporação da água. Suas fibras naturais replicam as veias das folhas, enquanto os hidrogéis simulam as células esponjosas, removendo eficazmente o calor das células solares fotovoltaicas.
Legado das plantas
A inspiração em processos naturais não é nova na busca por energias limpas. Cientistas da Universidade de Cambridge, em 2019, criaram uma ‘folha artificial’ capaz de produzir um gás limpo, o syngas, utilizando apenas luz solar, dióxido de carbono e água. No ano seguinte, pesquisadores desenvolveram ‘folhas artificiais’ flutuantes baseadas na fotossíntese, gerando combustíveis limpos a partir de luz solar e água. Esses avanços estão apontando para um futuro mais sustentável e longe dos combustíveis poluentes.
O estudo foi publicado na revista Nature Communications e traz esperança para uma fonte de energia mais eficiente e amiga do meio ambiente.
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Fonte: Interesting Engeneering