O relatório do Departamento de Estado dos EUA descreveu evidências que apontam para dois laboratórios chineses, próximos ao mercado onde ocorreu o primeiro surto de coronavírus, como causadores de vazamento do vírus. As outras hipóteses estudadas foram negadas e esta seria a menos estudada até então.
O texto é de 2020 e teve divulgação através da ONG US right to know, pela lei de acesso à informação dos EUA. O texto inicia resumindo não haver provas diretas para alegar, que a pandemia foi causada por vazamento nos laboratórios de Wuhan. Mas há evidências sugerindo isso.
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O texto levanta 5 hipóteses do surgimento do vírus. As primeiras 4 são negáveis do ponto de vista americano e a última desenvolvendo a hipótese de vazamento dos dois laboratórios que ficam a 300 metros do mercado onde se iniciou o primeiro surto da doença.
Hipóteses levantadas sobre a origem do coronavírus
A primeira hipótese e a oficial é a da venda de algum animal com o vírus no mercado Huanan, em Wuhan. Hipótese negada visto que o mercado não comercializava morcegos (animal que pode ser a fonte do vírus) e o primeiro paciente não tinha relação com o mercado.
Aliás, até mesmo cientistas chineses questionaram tal tese. Enfim, a segunda hipótese seria que o vírus surgiu em outra parte da China, em Guangdong. Segundo o Departamento de Estado, os vírus da Sars (de 2002) e H1N1 são de lá.
Entretanto, negam a hipótese porque não houve surto de Covid em outras partes da China a não ser Wuhan. Enquanto a terceira tese diz que talvez o vírus tenha surgido na Itália ou nos EUA, o que chegou a ser dito pela China em 2020.
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O documento descarta essa possibilidade sendo auto-explicativo. Já o item 4 fala sobre uma origem misteriosa passível de estudos. Segundo o estudo isso seria uma tática do governo chines para blindar a China da culpa após as outras hipóteses não convencerem.
Lei de acesso à informação
O item 5 evidencia que os EUA já suspeitava que o vírus surgiu de um laboratório de Wuhan desde 2020. O último item ocupa a maioria do artigo detalhando o porque a tese ser a provável. Ele inicia criticando tamanho foco dos laboratórios em testar morcegos portadores do vírus.
O texto também cita denuncias quanto a questões de segurança feita por funcionários e que o Instituto de Virologia de Wuhan fazia experiências para criar um vírus que fosse transmissível para humanos (que não existia na natureza até então). O artigo não cita, mas a pesquisa tinha apoio do governo para ser feita.
Segundo a lei de acesso (FOIA), qualquer um pode ler e acessar documentos do governo que sejam do interesse público. Entretanto, o mesmo pode divulgar partes dele censurando-o em partes. No entanto, não foi censurado em nenhum momento, demonstrando que os EUA não querem esconder como se sentem.