A China Aerospace Science and Technology Corp (CASC), uma das principais empresas aeroespaciais da China, alcançou um marco significativo no desenvolvimento de tecnologias espaciais com a conclusão de testes em seu novo motor de foguete reutilizável.
Esse motor, que utiliza oxigênio líquido e querosene e tem uma força de 130 toneladas, é um componente vital para o futuro dos foguetes reutilizáveis da CASC, incluindo o promissor Long March 10.
Testes recordistas
No dia 13 de abril, a equipe de engenheiros da Sexta Academia da CASC realizou dois testes de ignição em solo, parte de uma série de experimentos que incluiu 15 testes repetidos e 30 partidas de ignição.
A duração total desses testes superou os 3.900 segundos, estabelecendo um novo recorde de durabilidade para testes de motores de foguetes líquidos na China.
Esses testes confirmaram a alta confiabilidade do motor e sua capacidade de expansão, destacando a evolução na reutilização do motor que agora permite múltiplas ignições e ajustes extensivos de empuxo.
Tecnologias chave para reutilização
De acordo com relatos da equipe para o Global Times da China, a reutilização de foguetes envolve quatro áreas tecnológicas críticas: precisão no pouso de retorno, estabilidade durante o pouso, durabilidade para múltiplos reusos e manutenção rápida para reparos no local.
A equipe de pesquisa tem trabalhado para simplificar os processos de manutenção e avaliação para melhorar a longevidade do motor após várias reutilizações.
A corrida espacial chinesa
Esse desenvolvimento marca um avanço na ambição da China de se tornar a líder global em tecnologia espacial, competindo diretamente com os Estados Unidos.
A NASA tem enfrentado críticas pela tecnologia considerada ultrapassada em seu Space Launch System (SLS) enquanto depende de parcerias com empresas como a SpaceX para foguetes reutilizáveis. Enquanto isso, a China está se movendo rapidamente para expandir sua frota de foguetes reutilizáveis, tanto estatais quanto privados.
Com planos de testar dois foguetes reutilizáveis estatais em 2025 e 2026, e com empresas privadas como a Galactic Energy se preparando para testar o foguete Pallas-1 já neste ano, a China está firmemente no caminho para consolidar sua presença no espaço.
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Fonte: Interesting Engineering