Um novo gerador de energia eólica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) deverá ser mais barato e compacto em comparação com tecnologias similares.
O gerador, batizado de Airborne Wind Energy (AWE), também deverá ser capaz de produzir mais energia que outras alternativas renováveis.
Os responsáveis pela “criação” são os engenheiros Leonardo Papais e Roberto Crepaldi, formados na Escola Politécnica da USP e que se uniram ao projeto UFSCkite em junho deste ano.
A UFSC pesquisa a tecnologia desde 2012, junto com outras empresas como a Kitepower e Skysails Power, com as quais os engenheiros tiveram reuniões durante avaliações prévias da viabilidade de trazer a AWE ao Brasil.
Segundo os pesquisadores, um protótipo funcional deverá ser criado até o fim do ano, o qual deverá auxiliar a conseguir um investimento para iniciar uma empresa.
Com a empresa, os testes devem ser expandidos e, posteriormente, um modelo comercializável deverá ser criado.
Sobre o novo gerador de energia eólica da UFSC
O equipamento criado conta com duas partes, sendo uma de solo e uma unidade de voo, que fica acoplada à vela e ambas unidades são conectadas por um cabo.
Esse cabo é puxado pela vela à medida que ela é propelida pelo vento local, e, por ser guiada pelos motores da unidade de voo, é capaz de voar em trajetória de oito até levar o cabo ao seu limite.
Logo após, é puxada de volta e todo ciclo se repete, acumulando energia, uma vez que a energia necessária para puxar o cabo é só uma fração da produzida.
Por utilizar poucos materiais e capaz de alcançar altitudes onde o vento é mais forte e resistente, a tecnologia se torna não só mais compacta, como também mais barata.
Em termos de comparação, enquanto a altura média de uma turbina eólica é de 120 metros, a inovação é capaz de alcançar entre 600 e 800 metros.
Fonte: Ciclo Vivo
Imagem em destaque: Foto/Reprodução Freepik/onlyyouqj