De fato, o uso de fibra óptica revolucionou a transmissão de diversos tipos de dados. Mas e se fosse possível enviar dados sem usar as fibras ópticas para propagação?
Bem, é o que pesquisadores do Laboratório de Conectividade da Internet.org tentaram responder com o experimento abaixo.
Descoberta: enviar dados por luz
A saber, muitos pesquisadores estudam uma maneira de deixar a transmissão de dados mais rápida.
Entretanto, um estudo publicado em fevereiro deste ano, aponta para avanços de uma nova forma de enviar dados. No entanto, independente de fibra óptica e sim pela luz ao ar livre.
Realização do estudo
Para isso, o experimento envolveu:
- A plasmônica: ondas de elétrons produzidas a partir da interação entre a luz e a superfície de um condutor, como a prata;
- Construção de fotodetectores, ou seja, antenas formadas por cubos de prata com 60 nanômetros de largura;
- Nanotecnologia;
- Corante fluorescente.
Todavia, como ter uma velocidade ultra rápida de transmissão, se quanto maior o sistema, menor a velocidade?
A resposta está justamente nessas 4 ferramentas.
A partir delas, os pesquisadores selecionaram e distribuíram as milhares de antenas de luz em uma camada de prata.
Ademais, essa camada teve como preenchimento um polímero com corante fluorescente.
Em seguida, intercalaram as antenas também com prata. Além de que manteve-se uma distância de 200 nanômetros entre elas.
Assim, os nanocubos das antenas de luz interagiam com a camada de prata abaixo deles. De modo a aumentar a propriedade fotônica do corante usado.
Depois que o sistema foi feito, os pesquisadores testaram a capacidade dele de capturar a luz de um campo de visão de 120 graus. Logo após, organizá-la para passar como que por um funil estreito.
Conclusões
Como resultado, as antenas mostraram-se com:
- alta velocidade de transmissão;
- Eficiência geral: cerca de 30%;
- Possibilidade de captar a luz vinda de diferentes direções;
- Sistema transmite alta taxa de dados;
- A substância plasmônica pode aumentar em 910 vezes a fluorescência do corante e em 133 vezes a taxa de emissão.
Portanto, é um grande avanço na busca por enviar dados sem fibra óptica.
Por último, o próximo passo será ampliar o experimento e ver se a transmissão super rápida de dados é mantida.
Imagem em destaque: Foto/Reprodução internet