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Entenda o que causou a queda do paredão de pedra em acidente de Capitólio

A queda do paredão de pedra em acidente de Capitólio marcou o início do ano no país, uma vez que o desabamento de rochas gerou diversas vítimas.

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As rochas que desabaram, nas encostas de um cânion, gerou mais de 30 vítimas, sendo dez o número de mortos, e apenas 9 deles foram identificados até o momento.

O acidente, que ocorreu no Lago de Furnas, um ponto turístico, chegou a atingir ao menos quatro embarcações de pequeno porte que estavam próximo ao local de desabamento.

A queda do paredão de pedra foi explicada por Mayra Macchi, geóloga e ex-membro da Defesa Civil de Santos (SP), que estuda deslizamentos de terra e também já esteve na cidade para estudar as rochas do local.

Saiba mais sobre a causa da queda do paredão de pedra em Capitólio

 

A geóloga explicou que todas rochas estão sujeitas a ação gravitacional em diferentes escalas, e no caso do paredão, o risco de colapso das rochas são elevados.

Esse risco elevado se dá devido a altura do paredão (aproximadamente 5 metros), e sua inclinação vertical, além do grau de fraturamento.

A pedra de Capitólio é composta por uma rocha chamada de quartzito, que conta com um alto grau de fraturamento, o que faz com que ocorra bastante quedas.

Normalmente, essas quedas comuns ocorrem em locais remotos, não havendo risco de perdas materiais ou de vidas humanas, e em caso de chuva, o risco é duplicado.

Macchi até mesmo citou que professores universitários da cidade já levam os alunos ao local, a fim de realizar pesquisas de campos e a área provavelmente já estava mapeada, com o risco de queda conhecido.

A pesquisadora também afirmou que apesar de outros geólogos conhecerem o risco, era difícil prever com exatidão quanto da rocha se desprenderia, onde iria se desprender, onde iria cair e quando.

 

Acidente poderia ter sido evitado

 

De acordo com a geóloga, pode ter acontecido uma falta de comunicação e avisar que o paredão era muito frágil, e que havia riscos através da instalação de placas de aviso.

No local, havia apenas avisos sobre as quedas d’agua da usina hidrelétrica de Furnas, sem outras indicações quanto ao risco de colapso dos cânions.

A área que caiu conta com difícil acesso por meios convencionais, normalmente indo ao topo somente um geólogo profissional e experiente, com habilidade para ir ao local de rapel.

Por conta disso, o acesso de turistas até àquele local também deveria contar com alguns empecilhos, o que não ocorreu no caso desta tragédia.

Fonte: Olhar Digital

Imagem em destaque: Foto/Reprodução Herbert Claros

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