Marte, o planeta vermelho, sempre intrigou a humanidade, não apenas pela possibilidade de vida passada, mas também por peculiaridades, como o pôr do sol azul, em vez de vermelho.
Ao contrário da Terra, onde o pôr do sol apresenta tonalidades quentes, em Marte, a cor azul domina. Essa diferença está relacionada à dispersão da luz solar nas atmosferas distintas dos dois planetas.
A luz solar, embora pareça branca, é composta por diversos comprimentos de onda, interpretados como cores pelo nosso cérebro. As moléculas e partículas de poeira nas atmosferas interagem de maneira seletiva com esses comprimentos de onda, resultando na cor visível.
A atmosfera marciana, composta principalmente por dióxido de carbono e densa em poeira, dispersa a luz vermelha, conferindo ao céu uma tonalidade avermelhada durante o pôr do sol. Na Terra, a luz azul predomina, dando ao nosso céu sua cor característica, especialmente ao amanhecer e ao anoitecer.
Essa variação ocorre devido à composição e densidade atmosférica diferentes entre os dois planetas. A pressão em Marte é apenas cerca de 1% da Terra, e sua atmosfera carece de nitrogênio e oxigênio. Essas condições únicas resultam em um pôr do sol marciano com tons azulados, enquanto na Terra, as partículas atmosféricas proporcionam uma paleta ampla de vermelhos.
Essa distinção no fenômeno não é observada em outros planetas do Sistema Solar, pois muitos não possuem atmosfera densa o suficiente para criar esse efeito, ou têm nuvens tão espessas que impedem a visão do pôr do sol.
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Fonte: Olhar Digital